Na contramão do que indica a realidade brasileira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (13/10) que o auxílio emergencial proporcionou a maior redução da pobreza já vista nos últimos 40 anos.
Ele atribuiu essa vitória ao pagamento do benefício – cerca de R$ 300 bilhões em 2020 – para ajudar os mais vulneráveis. O auxílio foi retomado em abril deste ano, com valores menores.
“O Brasil gastou duas vezes mais que a média dos países emergentes em assistência social. Foi o maior impacto na pobreza que já tivemos”, afirmou Guedes durante evento do Atlantic Council, em Washington (EUA).
Guedes disse ainda que o pagamento do auxílio acabou alimentando a aceleração da inflação, principalmente em itens alimentícios e de habitação. Mas ele ressaltou que o Brasil aprovou a autonomia do Banco Central e que o fenômeno inflacionário tem sido observado em todo o mundo.
Aprovação de reformas
No evento, Guedes, pediu que empresários estrangeiros tragam suas empresas ao Brasil no cenário pós-pandemia. O economista ainda citou o desejo de aprovar, ainda em 2021, a reforma tributária — que baixaria tributos corporativos.
“Minha palavra é: acreditem no Brasil. Especialmente nesse momento de decisão, pós-pandemia, quando muitas companhias estão mudando sua localização, saindo da China, indo para América do Sul. Pensem no Brasil, estamos reduzindo taxas corporativas, barreiras ao comércio, abrindo a economia, simplificando o processo de abertura de empresas no Brasil”, declarou.
A reforma tributária, citada por Guedes, propõe reduzir a tributação sobre as empresas e, ao mesmo tempo, retomar a taxação de lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas.
Além dela, o ministro da Economia disse acreditar que também serão aprovadas, até dezembro, a reforma administrativa e as privatizações dos Correios e da Eletrobras.
Publicado por Badiinho Filho com informações do Metrópoles