Nesse 12 de maio, é celebrado o dia do profissional da enfermagem, e para celebrarmos e parabenizarmos a todos enfermeiros e enfermeiras da nossa cidade de Catalão, vamos destacar a história da enfermeira catalana, Julliane Scalia, 37 anos, funcionária efetiva do município de Catalão desde 2008, a qual foi designada a trabalhar no Hospital de Campanha do Estádio do Pacaembu, na grande São Paulo.
A atitude da catalana Julliane, foi destaque na Folha de São Paulo nessa terça-feira (12), em uma matéria que homenageia os profissionais da enfermagem de várias regiões do Brasil, que estão na linha de frente no hospital de campanha em São Paulo, lutando para salvar vidas de pessoas que contraíram o novo coronavírus (Covid-19).
Ao ter conhecimento da homenagem, o Badiinho começou a vasculhar as redes sociais até localizar o contato da enfermeira catalana, e então saber um pouco de sua biografia, após uma breve conversa pelo whatssap.
Julliane já trabalhou no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e foi transferida para a Universidade Federal de Goiás (UFG) em Abril para ajudar os alunos que estavam em quarentena, logo surgiu a oportunidade de ajudar nos casos de Covid-19 em São Paulo. Ela afirmou para o Badiinho que “o que me fez largar tudo e ir para São Paulo foi pela minha saúde, muitas pessoas pensam que eu estou ajudando o próximo mas na verdade sou em quem sou mais ajudada. Tenho ansiedade, insônia e quando trabalho muito como neste caso, eu melhorei muito minha saúde mental.”
A enfermeira Julliane Scalia deixou aqui em Catalão, seus dois filhos, de 5 e 10 anos, e também seu esposo, Pedro Henrique, que é médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Santa Casa de Misericórdia e SAMU.
O período de trabalho previsto para ela no hospital de campanha é três meses.
LEIA A PARTE DA MATÉRIA DA FOLHA DE SÃO PAULO QUE HOMENAGEIA A ENFERMEIRA JULLIANE SCALIA DE CATALÃO:
“Como que a gente não vai entrar no campo de batalha?”, pergunta a enfermeira Jullianne Scalia, 37, enquanto retira os equipamentos de segurança. “Parece que nós profissionais da saúde somos uns soldados que foram treinados o tempo todo para a guerra. E a guerra chegou.”
Moradora da cidade goiana de Catalão, Jullianne veio a São Paulo com o objetivo de trabalhar no hospital de campanha montado pela Prefeitura de São Paulo no Pacaembu para combater o coronavírus. Deixou dois filhos, 5 e 10 anos, em sua cidade natal. Ficou mais de 20 dias sem vê-los.
Neste domingo (10), Dia das Mães, tinha marcado de reencontrá-los. Depois, voltaria para o front. O dia da enfermeira, celebrado nesta terça-feira (12), ela deveria passar no hospital.
O hospital municipal de campanha do Pacaembu atraiu vários profissionais com o mesmo perfil de Jullianne. São pessoas acostumadas a atuar em zonas de conflito e que estão dispostas a ficar afastadas de familiares para atuar numa situação de emergência.
A Folha acompanhou a rotina desses profissionais por um dia.
Julliane por exemplo, já esteve em um campo de refugiados no Líbano por duas semanas. Acabou decepcionada. “Lá eu não consegui fazer muita coisa, porque eles não deixavam as mulheres atuarem. Para mim, foi inútil. Aqui, estou fazendo a minha parte”, diz.
O período de trabalho previsto para ela no hospital de campanha é três meses. (Folha de São Paulo).
Escrito por: Badiinho Filho