Escrito por: Badiinho Filho
O Clube Recreativo e Atlético Catalano (CRAC), retornou ontem os treinamentos em preparação para o retorno do campeonato brasileiro da serie C. A equipe havia paralisado os trabalhos na quinta-feira da semana passada, 3 de julho, devido a falta de pagamento dos salários dos atletas.
Segundo Gabriel Pedro, do departamento médico do clube. Nesta semana foi disponibilizado um vale aos jogadores e funcionários da agremiação esportiva, o que deu para amenizar um pouco a situação.
O clube que vive desde o termino do campeonato goiano do ano passado, uma grande crise financeira, que parece não ter fim. O CRAC já esteve a beira de ter as portas fechadas devido as grandes dificuldades que vem passando, em torno de um só problema, que se chama dinheiro. No ano passado, dinheiro não foi problema, mas passou a ser após uma diretória totalmente despreparada assumir o comando da equipe, e o pior, com o aval de pessoas de alta plumagem de Catalão. Agora, no ditado goiano, quando a Karoba torce, não se acha os culpados, ou, se crucifica apenas alguns, mas na primeira foto, todo mundo aparece sorridente.
Segundo Gabriel Pedro, os ânimos começaram a melhorar no clube, após a chegada de uma comissão, a qual irá integrar a direção do clube, na tentativa de não deixar acabar um dos maiores patrimônios dos catalanos. Participam desta comissão, Pedro Borges e seu irmão José Borges, Naíro Augusto e Benildo Cândido da Silva, além dos demais que já estão na diretória, como o empresário, Elson Barbosa (Caçula), que se manteve na presidência da equipe. Nessa comissão, cinco ex-presidentes fazem parte.
A diretória e a nova comissão, ainda esperam receber o repasse do poder público municipal, no valor de 480 mil reais, o qual foi aprovado pelo legislativo de Catalão. Afirmou Gabriel Pedro, responsável pelo departamento médico do clube.
Sem números confirmados, estimasse que a dívida pode ser próxima ou até passar a casa dos 2 milhões de reais.
O CRAC volta atuar pelo Campeonato Brasileiro da Série C no dia 20 de julho, contra o Salgueiro, no estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro, às 16 horas, pela sétima rodada da competição nacional.
Falando em CRAC…
Ex-prefeitos de Catalão e ex-superintendente da SAE são acionados por contrato irregular com time de futebol
Escrito por: Cristiani Honório /Assessoria de Comunicação Social do MP-GO
A promotora de Justiça Ariete Cristina Rodrigues Vale propôs ação civil pública por ato de improbidade administrativa e ressarcimento de danos ao erário contra os ex-prefeitos de Catalão, Adib Elias Júnior e Velomar Gonçalves Rios, e o ex-superintendente municipal de Água e Esgoto, Fernando Vaz Ulhôa.
Segundo a ação, os gestores praticaram improbidade ao dispensarem licitação em situação não prevista em lei para celebração de contrato entre a SAE e o Clube Recreativo e Atlético Catalano (Crac).
Apuração do MP revela que, em março de 2009, foi firmado contrato com o Crac para a divulgação comercial e propaganda da SAE em banners, placas, e imagens em muros e arquibancadas do Estádio Genervino Evangelista da Fonseca, pertencente à agremiação, além de auxiliar a participação do clube no campeonato goiano, cobrindo despesas com futebol.
A promotora esclarece que esse contrato foi assinado pelo superintende Fernando Ulhôa, em procedimento ilegal de inexigibilidade de licitação, sem numeração, baseado em lei municipal editada em dezembro de 2008.
Essa lei foi sancionada pelo então prefeito Adib Elias e estabeleceu que a SAE estava autorizada a realizar despesas até R$ 100 mil para serviço comercial nas dependências do estádio do Crac, entre janeiro e maio de 2009.
A manobra para a dispensa de licitação começou em março de 2009, tendo sido emitido parecer jurídico favorável no dia 3 de março. Um dia antes, o ex-prefeito Velomar Rios, por meio de decreto, já tinha declarado a inexigibilidade de licitação relativa ao contrato.
Ariete Vale observa ainda que o procedimento foi realizado informalmente, sem levantamento inicial dos preços de mercado, estudo de viabilidade econômica ou justificativa do valor contratado. Posteriormente foram realizados empenho e pagamento de R$ 100 mil ao time por Velomar, que deu continuidade aos atos de seu antecessor e companheiro partidário Adib Elias.
Parecer do TCM atesta, inclusive, a ilegalidade da negociação, que ocorreu em desrespeito à Lei das Licitações, atentando contra o patrimônio público dos municípios e os princípios norteadores da administração pública.
O MP, portanto, requer a condenação dos acionados pela improbidade praticada, de acordo com as sanções previstas em lei, com o ressarcimento, de forma solidária, dos danos causados.