Depoimentos colhidos pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) nesta segunda-feira (25/1) apontaram que o ex-secretário de Saúde de Pires do Rio, Assis Silva Filho, também foi vacinado contra a Covid-19, além de ter determinado a imunização da esposa, desrespeitando a ordem dos grupos prioritários determinada nos Planos Estadual e Nacional de Vacinação.
Ao todo, o promotor de Justiça Marcelo Borges Amaral ouviu seis testemunhas, todas elas trabalhadores da saúde, que revelaram que o então secretário usou de sua condição hierárquica de então gestor para ordenar a vacinação fora dos grupos prioritários iniciais.
Além dele e da esposa, as testemunhas indicaram que uma terceira pessoa fora da lista de prioridades teria sido beneficiada com essa ordem de furar a fila – essa pessoa foi imunizada em casa. Os depoentes também afirmaram que se sentiram coagidos, pressionados pelo ex-secretário a realizar as imunizações indevidas.
Assis Filho pediu exoneração do cargo no fim de semana após a repercussão causada pela vacinação da esposa fora da fila prioridades. Na sexta-feira (22/1), ele havia sido afastado do cargo por 60 dias pelo juiz José dos Reis Pinheiro Lemes, que concedeu medida cautelar criminal requerida pelo MP-GO.
Com a coleta dos depoimentos, a expectativa do promotor Marcelo Amaral é concluir o procedimento investigatório criminal em relação ao ex-secretário até o fim desta semana, com a definição das providências que serão requeridas ao Judiciário.
Escrito por: Redação/Fonte: MP-GO