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FACEBOOK RESERVA US$ 3 BILHÕES DA SUA RECEITA PARA PAGAR MULTAS POR VIOLAÇÃO DE PRIVACIDADE

Foto: Reprodução

O Facebook divulgou hoje o relatório de lucros do primeiro trimestre de 2019, que mostrou que seu sucesso financeiro continua inabalável, mesmo diante de inúmeros escândalos de violação de segurança de dados e privacidade. A empresa também anunciou decisão de reservar US$ 3 bilhões, ou cerca de 6% de seu caixa, para uma multa bilionária emitida pela Comissão Federal de Transações dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês). Espera-se que a entidade apresente a penalidade até final do ano.

A multa está relacionada, principalmente, ao envolvimento do Facebook no escândalo da Cambridge Analytica, revelado em março do ano passado, bem como a série de violações de privacidade posteriores ao caso. O escândalo ganhou repercussão mundial devido ao acesso indevido a dados de 87 milhões de usuários do mundo todo pela empresa de análise de dados. O Facebook disse ainda que estima perder até US$ 5 bilhões com penalidades financeiras.

No entanto, o valor recorde em multas do FTC não parece ter prejudicado os negócios do Facebook. A empresa ainda lucrou US$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre e registrou um crescimento de 26% em suas vendas publicitárias. Além disso, com uma quantia já reservada para a multa, o CEO Mark Zuckerberg pode retomar seus negócios normalmente.

O relatório também mostrou o contínuo aumento no número de usuários ativos por dia e mês. A quantidade de pessoas que usou o Facebook diariamente aumentou 8% em relação ao mesmo período em 2018, alcançando 1,56 bilhão de usuários. Os acessos mensais também cresceram 8%, o que fez a rede social ter 2,38 bilhões de visitantes por mês.

Cerca de 2,7 bilhões de pessoas usam algum dos aplicativos da empresa – Facebook, WhatsApp, Instagram ou Messenger – todos os meses. Em média, mais de 2,1 bilhões de pessoas usam um desses serviços diariamente.

O Facebook aumentou a sua equipe de funcionários ano após ano em 36%, e hoje tem quase 37,8 mil empregados. Devido ao crescimento nas contratações, os custos gerais e administrativos da empresa se multiplicaram quase seis vezes, atingindo mais de US$ 4 bilhões.

Quanto às ações do Facebook na Bolsa, elas subiram quase 5% nas negociações after-market – período de negociação fora do horário regular de transações de lances de compra e venda. O crescimento indica que Wall Street não parece se importar com a avalanche de críticas na imprensa que a rede social sofreu nos últimos dois anos – contanto que seus resultados continuem melhorando.

 

Escrito por: Redação/Olhar Digital 

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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