Durante a campanha acirrada para a escolha da composição da nova mesa diretora da Câmara Municipal de Catalão, o que mais se ouvir falar foi a palavra “transparência”, porém, justamente no dia da inauguração da reforma do plenário Júlio Pinto de Melo, ambiente que ganhou as cores e o símbolo da bandeira de Catalão, o vereador Cleúber Vaz fez uma grave denúncia endereçada ao novo presidente da Casa de Leis, um dos principais órgãos fiscalizador do patrimônio do povo, afirmando que existe servidor batendo o ponto de bermuda, e que o mesmo estaria indo na companhia de um menino.
“Percebo que está acontecendo abusos, têm servidor comissionado registrando a biometria de bermuda, as vezes vêm na companhia de um menino, bate o ponto e vai embora”, Leu o vereador Cleuber Vaz em plenário, trecho de uma folha tamanho A4 que estava em suas mãos, a qual ele narra no início que a denúncia lida por ele, foi encaminhada por um servidor concursado chamado Ivan, apelidado de Turquinho.
Ao finalizar a leitura, o vereador Cleuber Vaz o que foi feita de uma forma transparente para todos ouvirem sobre a questão, e que serviria para que os vereadores pudessem investigar tal ato.
Em seu comentário, o presidente da Câmara Municipal disse que não ficará vigiando servidor porque não é a sua função, afirmando ele que não teve acesso a informação, dizendo ainda que existem servidores ligados aos demais vereadores e a presidência, e que o caso é objeto de denúncia, desafiando o funcionário a fazer a denúncia direto ao Ministério Público.
“São mais de 100 servidores entre efetivos e comissionados, eu enquanto presidente não vou ficar vigiando ninguém aqui. Temos nosso departamento de RH que também trabalha muito, e eu entendo que não é a função ficar vigiando quem está batendo o ponto ou quem não está”, disse Caçula ao rebater o colega Cleuber Vaz.
Se confirmado a denúncia, o caso configura-se em crime de peculato, capitulado no art. 312 do Código Penal.
O ofício do vereador realmente não é vigiar, pois este serviço é para os nobres e dignos vigilantes, mas fiscalizar é o principal ofício do parlamentar, o qual deve começar dentro de sua Casa, para em seguida estender-se as ações feitas pelo Poder Executivo.
E os extravios das cestas básicas? Ficará no esquecimento?
Outro caso que não poderá cair no esquecimento, é o caso das cestas básicas extraviadas, pois o principal papel do vereador é o de fiscalizar casos como este, que merecem sem sombras de dúvidas a atenção máxima dos 17 vereadores a quem receberam os votos da população catalana que contribuem rigorosamente com suas obrigações para terem o respaldo dos poderes.
Escrito por: Badiinho Filho