A Justiça condenou Jesus Pereira das Graças, de 64 anos, a 28 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-namorada, Anelita Neres de Faria. O julgamento aconteceu na última quinta-feira (13), em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia. O crime ocorreu em setembro de 2014, logo após o término do relacionamento. O filho da vítima, que tinha apenas 14 anos na época, testemunhou o homicídio, tornando o caso ainda mais chocante.
Histórico de violência
Ao longo de mais de três décadas, Jesus acumulou uma extensa lista de crimes, incluindo assassinatos e tentativas de homicídio. Em 1989, por exemplo, ele estrangulou sua então companheira, Geralda Maria de Almeida, na cidade de Ouvidor, Goiás. O casal tinha dois filhos. Desde então, ele continuou cometendo assassinatos e se tornou um reincidente em crimes contra mulheres.
Caderno com nomes de ex-companheiras
Durante a investigação do assassinato de Anelita, a polícia encontrou um caderno que continha informações sobre várias ex-companheiras de Jesus. O documento registrava nomes, datas de nascimento e falecimento de algumas mulheres com quem ele se relacionou. Com essa descoberta, os investigadores confirmaram que ele já havia matado outras três mulheres. Além disso, quando recebeu sua nova condenação, ele ainda cumpria pena em regime semiaberto por um homicídio cometido em 2015. Portanto, a polícia concluiu que ele planejava os crimes com frieza e agia de forma premeditada.
Assassinatos cometidos ao longo dos anos
Jesus já havia cometido outros crimes antes da morte de Anelita. Em 1997, ele matou sua namorada, Crenilda de Souza Lima, a facadas. Apesar de ter sido condenado a 24 anos de prisão, cumpriu apenas cinco anos em regime fechado. Em 2011, ao conseguir a transferência para o regime aberto, ordenou a morte de Francisca Pedro Vasconcelos, em Aparecida de Goiânia. Ao longo dos anos, ele se aproveitou da progressão de regime para continuar assassinando mulheres.
Execução de Anelita
Jesus encomendou o assassinato de Anelita e pagou R$ 5 mil para que o crime fosse executado. A vítima morreu a tiros de forma brutal. Durante o depoimento à polícia, ele justificou o crime afirmando que queria se vingar, pois acreditava que havia sido traído. Segundo suas próprias palavras, a raiva e o desejo de punir superavam qualquer controle moral.
Assassinato de Sara Lino da Silva
Menos de um ano depois, em agosto de 2015, Jesus voltou a matar. Dessa vez, estrangulou sua namorada, Sara Lino da Silva. Assim como nos crimes anteriores, ele admitiu o assassinato e afirmou que agiu por raiva e desejo de vingança. Apesar de saber que estava errado, ele declarou que não conseguia conter seus impulsos violentos.
Condenação e impacto social
Agora, com a nova condenação, Jesus ficará preso em regime fechado. O caso reforça, mais uma vez, o crescimento alarmante dos feminicídios e da violência doméstica no Brasil. Diante disso, a sociedade precisa exigir medidas mais eficazes para combater esse tipo de crime e garantir a segurança das mulheres. Afinal, histórias como essa não podem continuar se repetindo.