Em entrevista ao Badiinho Moisés, a Dra. Giselda Alcântara, Secretária Municipal de Saúde de Catalão, esclareceu detalhes sobre a substituição da vacina oral contra poliomielite pela versão injetável. A mudança faz parte de uma diretriz do Ministério da Saúde, que busca aumentar a segurança e a eficácia da imunização infantil.
Segundo a Dra. Giselda, a vacina oral, popularmente conhecida como “gotinha”, utiliza o vírus vivo atenuado, o que pode, em raros casos, levar ao desenvolvimento da doença em crianças com o sistema imunológico debilitado. A nova versão, injetável, contém o vírus inativado, eliminando esse risco. “A vacina injetável confere a mesma proteção, mas sem a possibilidade de desenvolvimento da doença pós-vacina”, explicou.
A decisão também leva em conta a erradicação da poliomielite no Brasil, mas a médica alerta que a doença ainda circula em países com dificuldades de vacinação, como aqueles em conflito. “Mesmo com a doença erradicada, não estamos livres de um possível retorno do vírus”, pontuou.
A transição para o novo esquema vacinal já está em andamento em Catalão. As doses da vacina oral foram recolhidas no dia 27 de setembro, e a versão injetável já está disponível nas unidades de saúde. O novo calendário vacinal inclui quatro doses aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com um reforço aos 15 meses. A Dra. Giselda reforçou que, diferente da “gotinha”, não haverá necessidade de doses anuais de reforço até os 5 anos.
Além da poliomielite, a Dra. Giselda destacou a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada para evitar o retorno de outras doenças como caxumba, rubéola e coqueluche, que já têm sido diagnosticadas em algumas regiões devido à baixa adesão às vacinas.
“A vacina é gratuita, segura e salva vidas. É essencial que os pais e responsáveis confiem na ciência e garantam a imunização de seus filhos”, finalizou.
Ouça a entrevista em áudio com a Dra. Giselda, Secretária de Saúde de Catalão: