A Polícia Civil de Catalão, sob a liderança do delegado Pedro Democh, titular do 1º Distrito Policial, investiga um incêndio criminoso ocorrido na madrugada da última segunda-feira (24) em uma loja de tecidos da cidade. A princípio, o caso parecia um acidente. No entanto, após diligências, a Polícia Militar descobriu que alguém provocou o fogo intencionalmente para fraudar o seguro do estabelecimento.
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O plano do crime e a prisão dos suspeitos
Conforme a investigação avançava, os policiais identificaram um jovem estudante de Direito como o responsável pelo crime. Primeiro, ele contratou um seguro para a loja. Em seguida, criou um plano para incendiar o local e receber a indenização. Para executar a fraude, contratou um intermediário já conhecido no meio policial. Esse intermediário, por sua vez, recrutou dois criminosos para atear fogo no estabelecimento.
Na madrugada do crime, os dois incendiários entraram na loja e iniciaram o incêndio. Logo após o ocorrido, a Polícia Militar iniciou as buscas e, em pouco tempo, prendeu os quatro envolvidos. No dia seguinte, três deles pagaram fiança e saíram da prisão, incluindo o estudante. Apenas o intermediário continuou preso.
Avanço das investigações e principais descobertas
Durante as investigações, a Polícia Civil ouviu os suspeitos e representantes da seguradora. As informações coletadas mostraram que o incêndio seguiu um padrão comum em fraudes desse tipo. Normalmente, os criminosos provocam o fogo nos últimos meses do contrato do seguro, o que reforçou as suspeitas de crime premeditado.
Além disso, os pais do estudante também prestaram depoimento. Até o momento, porém, a polícia não encontrou indícios de envolvimento deles. Segundo os investigadores, o jovem organizou toda a ação por conta própria.
Encerramento do inquérito e consequências para os envolvidos
Com um dos suspeitos ainda preso, a Polícia Civil tem um prazo de dez dias para concluir o inquérito. No entanto, o delegado Pedro Democh afirmou que pretende finalizar o caso antes do prazo. Dessa forma, até esta sexta-feira (28), a investigação será enviada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.
Todos os presos foram indiciados por: associação criminosa (Art 288 – pena de 1 a 3 anos de prisão), incêndio (pena de 3 a 6 anos de prisão) e estelionato equiparado na modalidade fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro (1 a 5 anos de prisão).
Esse caso reforça a importância da ação rápida da polícia no combate a fraudes e crimes que prejudicam toda a comunidade. Além disso, alerta sobre os riscos e consequências das fraudes contra seguradoras, um problema que afeta tanto empresas quanto a sociedade em geral.