Goiânia, 8 de janeiro de 2018 – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou na manhã desta terça-feira, 8, durante entrevista à Globo News, que tem se esforçado para assegurar medidas para driblar as dificuldades econômicas herdadas da gestão anterior, e ressaltou a disposição em encarar a gravidade da situação e garantir as condições de honrar os compromissos com a população do Estado. “No momento assistimos à deterioração completa do quadro econômico do país e temos situação semelhante em Goiás. Uma cópia do que aconteceu no cenário nacional, mas aqui por um período maior: 20 anos. Foi um processo associado à corrupção e ao vandalismo administrativo”, disse.
Questionado sobre o salário do funcionalismo público, Caiado ressaltou a irresponsabilidade do governo anterior, que deixou em caixa apenas R$ 11 milhões em recursos, e uma dívida que ultrapassa os R$ 3 bilhões. E apontou a manobra do grupo político que comandou o Estado durante 20 anos, como um desrespeito aos servidores públicos. De acordo com Ronaldo Caiado, em uma tentativa de livrar o CPF, o ex-governador não empenhou a folha do mês de dezembro, um artifício para fugir da Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o governador, a gestão passada deveria ter deixado receita para o pagamento dos servidores, mas a folha sequer foi empenhada.
Caiado afirmou estar trabalhando diuturnamente para resolver a questão. “Já fui ao Ministro Paulo Guedes, ao Tesouro Nacional, e Goiás foi rebaixado para letra “D”, não tem aval, não tem como contrair empréstimo”, lembrou. Mesmo diante do cenário caótico, Goiás deve receber, no dia 21 de janeiro, uma comitiva do Governo Federal para avaliar a situação fiscal do Estado e para que, a partir dessas constatações, possam ser apontadas diretrizes para sanar o problema.
Ao longo da entrevista, ele falou sobre as medidas que o Executivo vêm adotando para driblar as dificuldades e para otimizar a gestão pública. Caiado se intitulou como único governador do país a aprovar uma Lei na Assembleia para diminuir os incentivos fiscais, que resultará na recuperação de R$ 1 bilhão na receita estadual.
“Implantei um sistema de compliance, ou seja, de auditoria direta, em todas as minhas secretariais, nos moldes da Controladoria Geral Federal. Garanti com que 1300 policiais que estavam fora de suas funções retornassem à atividade da PM. E realizei um corte de mais de 20% da máquina pública total. Tenho trabalhado dia e noite”, afirmou Caiado ao apontar as primeiras diretrizes de governo.
Hospitais – O governador aproveitou a oportunidade para falar da assustadora realidade dos hospitais estaduais. Caiado já visitou duas Unidades desde sua posse: Hospital de Urgência de Goiânia (HUGO) e Hospital Materno-Infantil (HMI). O democrata classificou a situação como de colapso.
“Assistimos a pacientes internados e distribuidoras não estão aceitando repassar os medicamentos. Estou lidando com vidas. No HMI, crianças internadas, com lesões graves, e sem medicamentos, é avassalador. A pauta do governo anterior era desumana”, criticou.
Escolha Secretariado – Caiado elogiou o presidente Jair Bolsonaro, por estar implementando um novo método de composição de governo, sem pressões políticas e sem negociatas. Afirmou que também priorizou escolhas técnicas para compor a equipe em Goiás.
“Implantei a metodologia em Goiás, busquei pessoas técnicas para gestão de parceria com Governo Federal. Bolsonaro buscou ministros que têm representatividade em suas áreas. Antes, eram ministros escolhidos politicamente, para atender partidos. Têm que ser preparados para orientar o presidente sobre política pública, não para sustentar bancadas”, completou.
Núcleo para combater Crime Organizado e Corrupção – Caiado falou ainda sobre a política de segurança que pretende implantar em Goiás para diminuir o índice de criminalidade no Estado. Informou que já comunicou ao Ministro da Justiça, Sérgio Moro, a intenção de criar um núcleo para inibir o crime organizado e o narcotráfico. Caiado lembrou que a estruturação da Polícia é uma das principais tarefas para garantir segurança aos cidadãos.
“Sabemos quem são os comandantes de roubo de carga, narcotráficos e crime organizado. A inteligência da polícia sabe, o que precisa é de amparo e apoio para que possamos combater os focos, que são determinantes para esse quadro de deterioração”, observou.
O governador ressaltou ainda que é preciso ter um olhar especial com determinadas regiões do Estado, como é o caso do Entorno do DF, que apresenta índices elevados de violência. Segundo Caiado, é “preciso ter a mão forte do Estado para que os cidadãos saibam que a lei existe e vai ser cumprida”. E ressaltou: “Goiás vai ser o Estado mais seguro do país. Aqui terá segurança, o Estado será forte no combate à criminalidade”.
Escrito por: Redação/Assessoria do Governador