Um episódio alarmante ocorreu na noite desta quarta-feira (10), no Estádio Jonas Duarte, após a partida pelo Campeonato Goiano da Divisão de Acesso. O confronto, que terminou com a vitória do Centro-Oeste sobre o Grêmio Anápolis por 2 a 1, foi seguido por um incidente grave: um policial militar disparou contra o goleiro da equipe da casa, Ramon Souza.
Durante uma confusão entre jogadores das duas equipes após o apito final, alguns policiais tentavam acalmar os ânimos dos envolvidos. No entanto, um dos policiais empurrou um defensor do Grêmio Anápolis e, em seguida, disparou na perna do goleiro Ramon Souza, que deixou o campo gritando de dor.
O Grêmio Anápolis rapidamente divulgou uma nota de repúdio, classificando o ato como “criminoso” e anunciando que buscará “medidas cabíveis para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita”.
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Nota de Repúdio
“O Grêmio Anápolis vem a público repudiar o lamentável, ridículo e revoltante acontecimento no Estádio Jonas Duarte, na noite desta quarta-feira (10). Após o final da partida contra o Centro-Oeste, nosso goleiro Ramon Souza foi atingido de forma covarde por um tiro de bala de borracha, efetuado por um policial da Companhia de Policiamento Especializado (CPE).
Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas presentes no estádio. O dia 10 de julho ficará marcado por um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, algo que jamais será esquecido.
O Grêmio Anápolis informa que tomará todas as medidas cabíveis para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita, para que este ato criminoso não fique impune. Nosso goleiro foi atendido em campo pelo médico do GEA, Dr. Diego Bento, que realizou os primeiros socorros na UTI móvel.”
Resposta da Polícia Militar
Em nota, a Polícia Militar declarou que “foi determinada, de imediato, a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria para apurar os fatos com o devido rigor”. A corporação também afirmou que não compactua com desvios de conduta.
“Ressaltamos que o disparo foi feito com munição de elastômero, conhecida como ‘bala de borracha’, armamento menos letal. A Polícia Militar de Goiás reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros”, finalizou a nota.
Atendimento e Depoimento
Após o disparo, o goleiro Ramon Souza foi prontamente atendido na UTI móvel localizada no Estádio Jonas Duarte. Na manhã desta quinta-feira (11), o atleta foi à Central de Flagrantes de Anápolis para prestar depoimento sobre o caso. Devido ao incidente, o jogador não tem previsão de retorno aos gramados e não deverá mais atuar na Divisão de Acesso, que possui mais dois jogos restantes.
O ocorrido deixou uma marca negativa no futebol goiano, ressaltando a necessidade de medidas rigorosas para prevenir e punir atos de violência nos estádios.
Escrito e publicado por: Badiinho Moisés/Informações do Diário de Goiás e do Mais Goiás
