O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras críticas ao governo federal na última quinta-feira (14), em relação ao atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido na noite da última quarta-feira (13). Caiado classificou o ocorrido como resultado de uma falha grave de monitoramento por parte das autoridades federais. “É uma total incompetência do governo em não ter monitorado e deixado com que as coisas acontecessem. Existem fatos imprevisíveis, mas este já vinha sendo sinalizado com data, locais e detalhes, e mesmo assim aconteceu”, declarou.
Leia também:
-Explosões no Supremo Tribunal Federal causam morte e pânico em Brasília
Explosões no coração de Brasília
O atentado aconteceu por volta das 19h30, quando uma explosão foi registrada em um carro estacionado entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. O porta-malas do veículo continha fogos de artifício e tijolos. O carro estava registrado em nome de Wanderley Luiz. Poucos segundos depois, outra explosão ocorreu na Praça dos Três Poderes, localizada entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Críticas à segurança e impacto internacional
Para o governador, o incidente compromete a imagem do Brasil perante o cenário internacional, especialmente às vésperas da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. “Imagine os chefes de Estado pensando: ‘Vou para o Rio de Janeiro, se eles não conseguem controlar nem a entrada do Supremo e do Congresso Nacional, como vão gerenciar um grande evento?’. Precisamos de um Estado enérgico, que não faça concessões a criminosos e extremistas”, criticou Caiado.
O governador foi ainda mais enfático ao condenar a postura do governo federal diante do ataque. “Isso não é Estado democrático de direito. Isso é baderna, omissão, um Estado se ajoelhando para o crime, fazendo vista grossa e fingindo que está tudo bem”, afirmou.
Investigado tinha histórico criminal
As explosões estão sendo tratadas como um ato de terrorismo e geraram preocupações com a segurança do G20. O principal suspeito, Francisco Wanderley Luiz, já tinha passagens pela polícia e era o proprietário do carro usado no atentado. Em 2012, ele havia sido preso por outros crimes. Seguindo informações da assessoria do governo do Distrito Federal, o suspeito morreu no local. No entanto, as autoridades não confirmaram oficialmente sua identidade durante coletiva de imprensa.
O ataque levantou questionamentos sobre a capacidade do Brasil em garantir a segurança de eventos de grande porte, além de reforçar a cobrança por ações mais rigorosas por parte das instituições de segurança do país.
Escrito e publicado por: Badiinho Moisés