Com a mudança, Secretaria de Estado da Saúde passa a regular vagas de média e alta complexidade em 30 unidades do Estado, entre hospitais e policlínicas; objetivo é reduzir tempo de espera por atendimento
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), assumiu a gestão do Complexo Regulador de forma integral e direta nesta segunda-feira (09/01). A medida foi anunciada durante solenidade com o titular da SES, Sérgio Vencio e o superintendente da Regulação, Luciano de Moura. A mudança na gestão da regulação se dá no âmbito estadual da média e alta complexidade. Com isso, a SES assumiu o acesso às vagas das 30 unidades de saúde do Estado, como policlínicas e hospitais. Os municípios seguem independentes e lidando com a regulação das atenções primárias e secundárias de saúde.
De acordo com o secretário Sérgio Vencio, neste primeiro momento o que muda são aspectos administrativos, uma vez que os servidores do complexo Regulação passam a ser contratados pela SES e não mais por uma Organização Social em Saúde. O próximo passo é colocar em prática todas as etapas do planejamento estratégico criado para a administração direta da regulação em saúde.
“Desde que assumimos a gestão, conversamos com os envolvidos nesse processo crucial do acesso do paciente aos serviços de saúde, para entender o melhor caminho a ser tomado. E tivemos o aval do governador Ronaldo Caiado para a secretaria assumir todo o processo regulatório estadual, o que foi feito em tempo recorde”, disse Vencio.
Com a mudança, o sistema de gestão da regulação será reavaliado, a fim de dar agilidade no processo de admissão de pacientes tanto para consultas como para cirurgias. O trabalho da regulação consiste, além da transferência de pacientes, em cruzar informações estratégicas para entregar qualidade no serviço.
Luciano de Moura completou que a prioridade do governo estadual era a retomada dos serviços da regulação. “Evoluímos com essa meta prioritária e hoje estamos gerenciando 100% dos serviços da rede estadual. Esse é um dos preceitos do SUS e estamos cumprindo o nosso papel”, pontuou o superintendente da Regulação.
Mais agilidade
Segundo dados do Complexo Regulador Estadual, atualmente, há fila de espera para 58.000 consultas especializadas, 16.000 cirurgias eletivas e, diariamente, cerca de 600 pacientes esperam por leitos de internação, em média. Esses números são dinâmicos devido ao fluxo constante de pacientes.
Para otimizar essa fila, Sérgio Vencio pontua que existe um serviço de inteligência necessário e o desdobramento de etapas como investir num software resolutivo e que integre os municípios. “Queremos o paciente correto, no local certo e no momento adequado. Isso significa entender quem é o paciente e suas necessidades e ter uma boa radiografia dos leitos existentes, a fim de munir a secretaria de saúde com informações devidamente relevantes”, detalhou o secretário.
Regulação regionalizada
A longo prazo, a partir dos dados que serão levantados, o Complexo Regulador vai identificar e sanar os problemas que existem atualmente. A avaliação feita pela própria secretaria vai permitir que lacunas sejam preenchidas, por exemplo, com a realocação de médicos e abertura de leitos conforme necessidade. Para o longo prazo, a SES terá condições de caminhar para uma integração de sistema com os municípios, permitindo uma regulação macroregionalizada.
Publicado por: Badiinho Moisés/Informações da Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás