Escrito por: Cristiane Lima (O popular)
A defesa de Raquel Policena Rosa, 27 anos, vai apresentar pedido de habeas-corpus amanhã. A intenção é que a jovem, suspeita de exercício ilegal da medicina, aguarde a conclusão do inquérito em liberdade. Advogado que cuida do caso, Tadeu Bastos afirma que sua cliente não tinha a intenção de continuar a realizar procedimentos, conforme foi alegado pela Polícia Civil no pedido de prisão.
O advogado acrescenta que Raquel aplicou o hidrogel no próprio corpo. “Se ela soubesse de algum risco ou sequela, não teria feito isso.” Bastos pedirá que seja realizado exame de corpo delito em Raquel para confirmar a aplicação para anexar ao pedido. Aliado a isso, entregará à Justiça conversas no aplicativo de celular WhatsApp que mostra que Raquel se recusa a aplicar hidrogel em clientes.
A troca de mensagens ocorreu depois da morte da auxiliar de leilões, Maria José Brandão, de 39 anos, no dia 25 de outubro. “Tenho conversas em que a Raquel se nega a fazer o procedimento mesmo com a insistência da antiga cliente, que alega que gostaria de mais uma sessão. E Raquel se nega categoricamente. Ela teve medo e não continuou com a fazer as aplicações.”
Bastos considera a prisão de Raquel Policena um excesso. “Desde que as investigações começaram ela se abateu porque não sabia deste risco e nunca quis que alguém fosse prejudicado. Pelo contrário, era um procedimento de beleza, para que as mulheres se sentissem mais bonitas. Considero a prisão desnecessária.” A polícia, no entanto, tem informações que confirmam o contrário.