Suspeito teria escrito carta confessando o crime e, em seguida, se matado. Motivo do crime seria desentendimento sobre a criação das crianças.
O homem que matou a esposa e os três enteados atirou neles após uma briga, enrolou os corpos em uma rede e colocou em uma carretinha, segundo a Polícia Civil. Depois do crime, o Fábio José Mafra de Oliveira, de 43 anos, se matou. Ele deixou uma carta confessando o crime, cometido na fazenda da família, em Aporé, sudoeste do estado.
O delegado Ederson Bueno disse que Priscylla de Oliveira Franco Mafra, de 37 anos, e os filhos dela, Guilherme Davi Fernandes Oliveira, de 7, Danilo Fernandes de Freitas Júnior, de 9, e Savana Danielly Fernandes Oliveira, de 13, foram atingidos com tiros na cabeça.
“Todos os corpos estavam enrolados em redes dentro de uma outra carretinha fora do barracão. Na carta em que ele explicou o que teria acontecido e a motivação, ele disse que a companheira não deixava ele exercer a autoridade de pai, já que não era o pai das crianças, que vinham tendo algumas discussões e que teria tido uma discussão durante um passeio ali na fazenda, em um córrego, e ali ele teria sacado a arma e atirado contras vítimas”, contou o delegado.
Bueno disse que não há registros de violência doméstica entre o suspeito e a vítima. Fábio também não tinha passagens pela polícia. O delegado informou que não há indícios de que o crime tenha sido planejado.
A família estava na fazenda passando férias. Um amigo do suspeito foi quem encontrou os corpos. Ele foi à fazenda da família após o homem pedir para que ele fizesse um serviço no local.
Moradores de Serranópolis, onde Priscila trabalhava como professora, estão abalados com o crime. “A Priscila era uma pessoa muito conhecida na cidade, professora há muitos anos. É uma pessoa do bem, que estudou a vida inteira e esse caso que aconteceu é um choque para todos nós”, disse o barbeiro Ruiter Oliveira Rosa.
Priscylla e os filhos foram enterrados em Serranópolis na manhã desta terça-feira (17). O corpo de Fábio foi levado para Goiânia para ser enterrado.
Publicado por: Badiinho Moisés/Texto: Vitor Santana, g1 Goiás