Você deve se lembrar do caso da pequena Luisa Barbosa Loiola, a bebezinha que foi diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal do Tipo 1 (AME1), pois é, ela está bem e dando continuidade ao tratamento nos Estados Unidos. Assim que souberam da doença, os pais, familiares e amigos, e claro, a sociedade de Catalão se mobilizaram para ajudar a garotinha através de uma mega campanha, cujo objetivo era arrecadar fundos para custearem as vacinas para estacionar a doença, a qual as doses custam mais de R$ 60 mil reais cada uma.
O caso da Luisa comoveu a sociedade de Catalão e ganhou repercussão nacional, conseguindo ela fazer o tratamento inicial até que fosse aprovada e iniciasse outro tipo de tratamento experimental nos Estados Unidos.
Vejam última atualização da Luisa
Outros casos de AME em Catalão
Mas você sabia que em Catalão, além da Luisa, existem outras três crianças que também são portadoras da doença AME? Sim, existe, e duas delas estão sendo auxiliadas por uma campanha nos moldes da que foi realizada pela pequena Luisa. Isabelly e Miguel também precisam da sua ajuda para que tenham um tratamento digno e adequado, e assim assegurando-lhes uma melhor qualidade de vida.
Para você conhecer de perto o caso das duas crianças, as mães disponibilizaram seus telefones contato: (64) 9 9600-3187 -Kelfi/Mãe do Miguel; (64) 9 9931-4661 – Mãe da Isabelly, ambos são Whatsapp.
Conheçam os casos de Miguel e Kelly, crianças de Catalão portadoras de Atrofia Muscular Espinhal (AME):
Caso Miguel
Miguel nasceu em 24 de fevereiro de 2016 no Hospital Materno Infantil de Catalão-GO. Aos 10 meses foi diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal do Tipo 1 (AME1). Hoje, com 02 anos de idade, Miguel respira por traqueostomia e se alimenta através de gastrostomia. O Miguel precisa da sua ajuda para que eles continue as suas sessões de fisioterapia motora e respiratória, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Sua ajuda será fundamental para que Miguel possa adquirir uma banheira de banho, cadeira de roda e uma sonda gastrostomia Botton Mic Key. Encontre sua forma de ajudar e melhore a qualidade de vida do guerreiro Miguel.
Caso Isabelly
Isabelly nasceu na Santa Casa de Misericórdia de Catalão no dia 27 de agosto de 2009. Foi diagnosticada com AME tipo 3. Consegue se alimentar sozinha, cursa o 3º ano do ensino fundamental, mas começa a sentir o avanço da doença. Isabelly precisa da sua ajuda para compra de uma nova cadeira de rodas, órteses e aparelhos de físio respiratória de uso pessoal. Encontre sua forma de ajudar e melhorar a vida da Isabelly.
A campanha está sendo feito principalmente na internet, com a criação de uma Fan Page chamada de AME-Catalão, onde divulga fotos e relatos do passo a passo do tratamento destas duas crianças.
Venda de rifas
Nesta semana foi inciada a venda de rifas, as quais irão sortear uma geladeira e uma bicicleta para que consigam arrecadar dinheiro para a compra de equipamentos hospitalares e auxílio no tratamento da Isabelly e do Miguel.
Para doações:
O que é Atrofia Muscular Espinhal (AME)?
Numerosas doenças, das mais diversas etiologias, manifestam-se por hipotonia ou por atraso no desenvolvimento psicomotor. As lesões da ponta anterior da medula, dos nervos periféricos, das placas mioneurais e as musculares, conhecidas em conjunto pelo nome de distúrbios neuromusculares, estão entre estas doenças.
As Atrofias Musculares Espinhais (AME) têm origem genética e caracterizam-se pela atrofia muscular secundária à degeneração de neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal. A AME, a segunda maior desordem autossômica recessiva fatal, depois da Fibrose Cística (1:6000), afeta aproximadamente 1 em 10.000 nascimentos , com uma frequência de doentes de 1 em 50 portadores. Casais que tiveram uma criança afetada têm 25% de risco de recorrência em cada gravidez subsequente.
Os caracteres autossômicos recessivos são transmitidos por ambos os progenitores. Nos casamentos consanguíneos, há uma probabilidade maior de nascerem filhos com caráter recessivo, pois indivíduos aparentados têm maior probabilidade do que os não parentes de serem heterozigotos para o mesmo gene mutante. Desta forma, há uma proporção maior de casamentos consanguíneos entre os progenitores de afetados por um caráter recessivo, do que entre progenitores de pessoas normais
Hipotonia, paralisia, arreflexia, amiotrofia e miofasciculação constituem os sinais definidores das AMEs, doenças autossômicas recessivas ligadas ao cromossoma 5, relacionadas ao gene SMN. São subdivididas em três grupos de acordo com a idade de início e evoluem tão mais rapidamente quanto mais cedo começam.
O grupo I (doença de Werdnig-Hoffmann) pode se manifestar desde a fase intra-útero até os 3 meses de vida extra-uterina. Durante a gravidez verifica-se pouca movimentação fetal e o recém-nascido apresenta fraqueza acentuada das musculaturas proximal e intercostal. A postura é bem diferente daquela esperada para um neonato sadio: as pernas estão estendidas, em abdução e rotação externa, os membros superiores ficam largados (postura em batráquio). O tórax é estreito e geralmente há pectum excavatum. Tem dificuldades de sucção, de deglutição e respiratórias. As infecções respiratórias se repetem, sendo a causa do óbito na maioria dos casos.
Nos grupos II e III os sintomas se manifestam entre 3 e 15 meses e de 2 anos a vida adulta, respectivamente. O quadro clínico caracteriza-se por deterioração motora após um período de desenvolvimento aparentemente normal. Na forma tipo II, ou forma intermediária, a criança adquire a habilidade de sentar mas tem uma parada do desenvolvimento motor a partir deste marco. A forma tipo III ou forma juvenil ou doença de Wolfhart-Kugelberg-Welander começa normalmente a dar os primeiros sinais de fraqueza depois de 1 ano de idade ou até mais tarde. De maneira lenta a fraqueza nas pernas faz com que as crianças caiam mais, tenham dificuldade para correr, subir escadas e levantar do chão. Também aparece fraqueza nos ombros, braços e pescoço. Às vezes a doença é confundida com Distrofia Muscular. A fraqueza aumenta com o passar dos anos e a cadeira de rodas se torna necessária em algum momento na vida adulta. Os sinais da doença são menos proeminentes e a progressão mais lenta, sendo que deformidades ósteo-articulares, principalmente escoliose, aparecem à medida que o curso se prolonga. Há outras formas, variantes da AME, sem um padrão perfeitamente definido de herança, de comportamento clínico heterogêneo eventualmente associado a outras manifestações.
Todas as três formas acima não têm cura definitiva. No entanto a fisioterapia, os bons cuidados no acompanhamento clínico e alguns aparelhos ortopédicos ajudam a manter a independência destas crianças, a função de seus músculos e a integridade física e mental.
O pediatra tem uma importância fundamental. Cabe a ele reconhecer que uma criança está com problemas, ou por ser hipotônica, ou por ter pouca movimentação espontânea, ou por estar atrasada em algum marco do desenvolvimento. Quanto mais cedo o reconhecimento, mais precoce será o encaminhamento ao especialista certo, mais rápido o diagnóstico e mais eficaz a terapia de suporte que podemos oferecer.
A realização do diagnóstico não deve afastar o pediatra de seu paciente. Mais do que nunca a paciente e sua família precisam de um apoio para as eventuais complicações clínicas associadas a esta doença. Além disto, a criança continua sendo criança, com as necessidades de puericultura inerentes a sua faixa etária.
As doenças neuromusculares, caracterizam-se por situações decorrentes de problemas localizados na ponta anterior da medula, nos nervos periféricos, nas placas mioneurais ou nos músculos. As atrofias Musculares Espinhais e as Distrofias Musculares são exemplos de doenças neuromusculares de origem genética. Não raro ocorre confusão em relação a estes dois diagnósticos. O link Atrofias x Distrofias é um resumo comparativo entre estas duas doenças. São ressaltados os aspectos típicos que as diferenciam. Convém esclarecer que nem sempre todas as características típicas serão encontradas, pois estas dependem do estágio da doença que cada indivíduo se encontra ao ser avaliado. (Fonte: atrofiaespinhal.org).
Escrito por: Badiinho Filho
Fotos: Redes Sociais/Reprodução