Escrito por: Badiinho Filho
Na 43ª sessão do parlamento de Catalão, que foi marcada pela discussão de mais dois projetos polêmicos que foram enviados pelo executivo ao legislativo municipal. Um dos projetos prevê a venda de 56 lotes nos loteamentos La Barca e Campo Bello. Com a venda das áreas, a expectativa do município é arrecadar mais de R$ 5 milhões, os quais serão investidos na construção de casas populares.
Na campanha de 2012, o tucano disse que seria o prefeito João de Barro, mas até o momento, não se tem registros de divulgação de entregas de casas construídas com recursos do município, a não ser parte dos 644 apartamentos do Minha Casa Minha Vida, iniciados na gestão anterior, a qual, construiu 826 casas com recursos do município, sem a necessidade de se vender áreas públicas, que após vendidas, poderão vir a fazer falta para construção de obras estruturantes, ou até mesmo para construção de casas populares.
“Esse projeto que está vindo para esta casa, é um projeto que não fala de que forma vai ser feito, não se tem um cronograma físico. Da mesma forma que nós aprovamos os outros empréstimos de 20 e 36 milhões, sem nada na mão para que, prove realmente se está sendo feito com transparecia”. Disse o vereador Jurandir Antônio do PMDB.
“ Com relação a venda dos lotes, eu sou contra. Eu tenho 18 anos de vereador e nunca vi um projeto como esse, em outras épocas a arrecadação era bem menor e acompanhei mandatos de prefeitos anteriores como o de Adib Elias (PMDB), onde foram construídas mais de 2 mil casas, eram doados materiais de construções e não se vendia terrenos. Agora que a arrecadação cresceu vai vender o nosso patrimônio? Indagou o presidente do legislativo, vereador Deusmar Barbosa (PMDB).
Áudio do requerimento verbal do vereador Gilmar (PMDB)
“Na verdade, as vendas destes lotes, serão em loteamentos nobres, no caso esse que vem é ali no Zezé Di Camargo. São loteamentos que não vão construir casas populares lá, são loteamentos onde os lotes são super valorizados, um lote daquele é mais de 100 mil reais. Não vai construir praça, creche, não vai ser construído Postos de Saúde. O que se faria com esses lotes? As vezes se doaria para pessoas que não precisasse. Defendeu o vereador Aurélio Macedo (PP).
Aumento na taxa de iluminação pública
Mesmo com inúmeros postes com lâmpadas queimadas, outro projeto polêmico proposto pelo executivo de Catalão, prevê um grande aumento na taxa de iluminação pública, que em algumas tarifas o aumento poderá chegar até 66% para os Catalanos. Segundo o projeto, a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP), será calculada de acordo com a base tarifária estabelecida pela concessionária de energia elétrica pública, para o município.
O vereador de oposição Gilmar Antônio Netto, criticou através de um requerimento verbal, o conteúdo do projeto.
Eu não estou entendendo, eu quero saber embasado em que, porque estão dizendo que está causo prejuízos a taxa de iluminação pública. “Não tem como entender, se em um quarteirão se tem três lâmpadas e no mínimo dezoito residências, se tem uma média menor aí de R$. 10 reais, vai dar R$. 180 reais por mês de taxa de iluminação pública em um quarteirão. Será que R$. 180 reais não paga o custo da energia de três lâmpadas por mês? Indagou o vereador Gilmar Antônio do PMDB.
Lembrando que os vereadores aprovaram somente neste ano, o endividamento do município de Catalão em R$. 56 milhões de reais, além do projeto de implantação da Área Azul com preço altamente abusivo.
