A Polícia Civil acredita que Jaira Gonçalves de Arruda, 42 anos de idade, matou a enteada de 11 anos envenenada, em Cuiabá-MT, para conseguir a herança da menina de R$ 800 mil reais. A mulher foi presa ontem, segunda-feira (09/09) suspeita do crime por agentes da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), na operação que recebeu o nome de conto de fadas “Branca de Neve”.
Em uma ação movida pelos avós da criança, que durou mais de 10 anos, a menina passou a ter direto a uma indenização pela morte da mãe durante o parto, por erro médico em um hospital da capital. Mas ela só conseguiria saca todo o valor aos 24 anos de idade. Somente uma pequena parte foi liberada. Ocorre que, até 2018, a menina era criada pelos avós paternos. Em 2017, a avó morreu e, no ano seguinte, o avô também faleceu. Então, a garota passou a ser criada pelo pai e pela madrasta.
Conforme a investigação, a madrasta deu doses diárias, em gotas, de uma substância de venda proibida entre os meses de abril e junho deste ano. Mirella Poliane Chue Oliveira, 11 anos, morreu no dia 14 de junho, depois de ser internada em um hospital particular.
A primeira suspeita era de meningite, mas logo foi descartada após exame de necropsia do Instituto Médico Legal (IML). A morte, até então, tinha como a causa motivos indeterminados.
Outros exames realizados posteriormente, porém, detectaram substâncias no sangue da vítima, e uma delas de veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda e a morte. De acordo com os policiais, a substância não é encontrada em medicamentos, por isso, a ingestão por humanos só pode ocorrer de forma criminosa. A defesa da suspeita não foi encontrada.
Escrito por: Redação/Jornal O Popular