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Desvios na Saúde: Marconi Perillo é alvo de investigação da PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (6) a Operação Panaceia para apurar o desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás. O esquema teria ocorrido entre 2012 e 2018, durante os mandatos do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Além disso, a investigação abrange crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Portanto, o ex-governador está entre os alvos do inquérito.

Mandados e bloqueio de bens

A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Goiânia e 1 em Brasília. Além disso, determinou o bloqueio de R$ 28 milhões dos investigados. Assim, a operação envolveu 46 policiais federais e quatro servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).

Esquema de desvios

As investigações tiveram início após uma denúncia anônima sobre irregularidades nos repasses ao Instituto Gerir, Organização Social responsável pela administração do Hospital Estadual de Urgências de Goiânia (Hugo) e do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin). Nesse período, o Instituto Gerir recebeu cerca de R$ 900 milhões em recursos federais.

De acordo com a PF, o Instituto Gerir realizava um número excessivo de terceirizações e subcontratações, o que dificultava a fiscalização e permitia os desvios. Além disso, as empresas contratadas tinham ligação com gestores da Organização Social e agentes públicos. Ademais, documentos analisados indicam sobreposição de serviços e desperdício de dinheiro público.

Envolvimento do ex-governador

A investigação revelou, por exemplo, um aumento significativo na movimentação financeira das contas de Marconi Perillo após ele deixar o governo, em abril de 2018. Diante disso, a Justiça autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-governador, da ex-primeira-dama Valéria Perillo e das filhas do casal.

A PF esteve na residência de Perillo, no Condomínio Alphaville Cruzeiro do Sul, em Goiânia, mas ele não estava no local. Conforme a defesa do ex-governador, o aumento na movimentação financeira se deve ao fato de ele ter passado a atuar na iniciativa privada, assumindo um cargo na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Por outro lado, aliados de Perillo classificam a operação como uma ação de cunho político e preparam uma nota para rebater as acusações.

A investigação segue em andamento para apurar a extensão dos desvios e responsabilizar os envolvidos.

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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