Com dificuldade de respirar devido a uma má formação na laringe, o bebê Gabryel de Paula Gonçalves, de apenas 1 mês de vida, precisa de uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica de Goiânia para passar por uma cirurgia de correção. Devido à gravidade do caso, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou à Justiça a liberação da vaga, mas, mesmo com decisão judicial favorável, o bebê ainda não conseguiu a vaga.
A mãe dele, Daiane Santos de Paula, de 22 anos, relata que não tem condições de arcar com os custos da cirurgia particular e, por isso, recorreu ao Poder Judiciário para conseguir a vaga. Segundo ela, a cada dia que passa, o filho sente mais dificuldade para respirar.
“Ele está passando mal. A laringe dele só vai fechando mais, ele fica com muita dificuldade para respirar, está no oxigênio, se alimenta por sonda. Ele precisa da cirurgia o mais rápido possível”, afirma.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS), responsável pela Central de Regulação, informou, na quarta-feira (8), que o paciente “está no sistema e aguarda vaga para o procedimento”. Disse ainda que ele será encaminhado assim que a vaga for encontrada. Nesta quinta-feira (10), a SMS informou às 13h05 da última quinta-feira, que seguia na busca pela vaga.
DIFICULDADE PARA CONSEGUIR VAGA
Gabryel nasceu no dia 27 de outubro com laringomalácia congênita, condição que dificulta a respiração. Atualmente, ele está internado em um hospital particular de Catalão, no sudeste de Goiás, onde a família mora, mas precisa ser transferido para a capital para ser operado por uma unidade da rede pública que seja referência em otorrinolaringologia.
O MP ingressou com ação em 30 de novembro, requerendo liminar para obtenção da vaga. O desembargador José Carlos de Oliveira acatou o pedido e determinou, no dia 4 de dezembro, o cumprimento da medida. No dia 7 deste mês, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) foi intimada a cumprir a decisão, mas a vaga ainda não foi liberada pela Central de Regulação.
A decisão determina que ele seja transferido para um hospital com referência em otorrinolaringologia e estabelece, ainda, o bloqueio do valor necessário junto à conta bancária de movimentação do Fundo Estadual de Saúde para garantir o cumprimento da ordem.
Escrito por: Redação/G1 Goiás