O MPF (Ministério Público Federal) pediu novamente a prisão do ex-presidente Michel Temer, do ex-ministro Moreira Franco e do coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, o coronel Lima.
O pedido, divulgado nesta 3ª feira (7.mai.2019), foi incluído no inquérito que apura crimes em contratos firmados para a construção da usina nuclear de Angra 3.
Temer, Moreira Franco e o Coronel Lima são réus no caso por peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Temer, Moreira Franco e outros acusados foram presos preventivamente em 21 de março de 2019 na operação Descontaminação. Eles foram soltos 4 dias depois, em uma decisão liminar que questionou a fundamentação das prisões, decretadas pelo juiz federal Marcelo Bretas.
Em 30 de abril, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal, já havia rejeitado o pedido de prisão. Agora, o recurso do MPF será analisado pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília.
O MPF sustenta o pedido para evitar a prática de novos crimes. Segundo o Núcleo Criminal de Combate à Corrupção, “ficaram demonstradas manobras para ocultar e destruir provas da materialidade dos crimes”.
“Nas buscas e apreensões, foram encontrados documentos que apontam para a destruição de provas. Ainda nas investigações, o MPF verificou condutas relacionadas à lavagem de dinheiro ilícito e à ocultação de patrimônio fruto de crimes”, informou o órgão em nota.
OUTRO LADO
Em nota, o advogado de defesa do ex-presidente Michel Temer, Eduardo Carnelós, diz desconhecer os termos do pedido de prisão e do recurso do MPF.
“Ao ler em matéria jornalística os ‘fundamentos; apresentados pelo MPF, constata-se a absoluta falta de observância dos princípios comezinhos de Direito e a afronta ao próprio senso de ridículo”, afirmou.
Alega ainda que “não há investigação em curso a ser protegida, pois foi oferecida denúncia”.
Escrito por: Redação/Poder 360