A celebração dos 162 anos do nosso munícipio não se refere ao primeiro registro de povoamento do território hoje conhecido como a cidade de Catalão. Para alguns historiadores, Catalão e Formosa são únicas cidades do Estado de Goiás a terem registros de ocupação anteriores a 1800 que não se relacionavam com a descoberta de ouro.
O filósofo e historiador hispano-brasileiro Luis Palacín Rodríguez conta, no seu livro História de Goiás em Documentos, que apesar dos registros de expedições português em terras goianas desde 1580, foi em 1722 que a conhecida bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, cruzou nossas terras rumo ao interior do Estado em busca de ouro. Com ele estava um padre de origem catalã (Espanha) que se fixou nesta região a fim de dar suporte às incursões portuguesas pelo território que se tornaria o Estado de Goiás. Com o padre catalão surgiu o sitio do Catalão. Sitio que à luz do latim se referia não a uma propriedade, mas sim a um lugar habitado.
O escritor Luís Estevam, em seu livro “Catalão fragmentos do passado”, conta que se considerarmos os tempos de vila, de arraial, de povoado e de sítio, Catalão está beirando três séculos de existência.
No entanto, o que celebramos no dia 20 de Agosto é a emancipação política do município. E isso só veio a acontecer em 1859. O povoado do Catalão foi elevado à condição de município em 1833 e a de sua sede em vila. Finalmente, em 20 de Agosto de 1859, a vila se emancipa, tornando-se cidade.
O artigo foi escrito por Renato Aires – Formado em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG) – Pós Graduado em Pessoas e Recursos Humanos – Professor de Língua Espanhola e Empresário.
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Publicado por: Badiinho Filho/Por: Renato Aires