Um levantamento inédito feito pelo Instituto Todos pela Saúde, que reúne especialistas e empresas privadas em uma aliança contra a Covid-19, identificou que a variante Ômicron do coronavírus já está presente em pelo menos 8 estados brasileiros.
O estudo foi feito a partir de 30.483 de exames para a Covid realizados em laboratórios das redes Dasa e DB Molecular e constatou que a nova mutação já circula em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.
A nova variante foi encontrada em 31,7% de um total de 640 exames com resultado positivo para a Covid. No Rio de Janeiro e em São Paulo, a incidência foi ainda maior. Os autores do levantamento alertam para a necessidade de manutenção dos cuidados que evitam a transmissão durante o período de festas, quando aumentam as oportunidades de contágio em reuniões com amigos e familiares.
“Os dados servem de alerta para o poder público e para a população. Nos próximos dias teremos reuniões e festas por causa do Réveillon e é preciso lembrar que a pandemia não acabou”, afirmou Jorge Kalil, diretor-presidente do instituto, em comunicado enviado à imprensa.
Balanço do Ministério da Saúde divulgado na última segunda-feira, dia 27, registra a confirmação oficial de 74 casos de Ômicron no país. Há outros 116 em investigação.
Casos no mundo
A chegada da variante Ômicron vem provocando um aumento acentuado de novos casos de Covid-19 no mundo. Na segunda-feira (27/12), a plataforma “Our World in Data”, associada à Universidade de Oxford, anotou o recorde de 1,4 milhão de casos em 24 horas – a primeira vez, em foram registrados mais de um milhão de novos casos de Covid-19 em um único dia.
Os Estados Unidos registraram recorde na média móvel de novos casos na terça-feira (28/12): 265.427 novos casos/dia. O recorde anterior havia sido registrado em 11 de janeiro, quando a média de sete dias foi de 251.232 novas infecções. Apesar de desencadear sintomas mais leves nos infectados quando comparada às outras variantes do coronavírus, a Ômicron tem alta capacidade de transmissão e, desde que foi identificada, em novembro deste ano, já se espalhou em escala global.
Outra característica da cepa é sua capacidade de infectar pessoas que já tenham tido Covid-19 ou que sejam vacinadas contra o coronavírus. As autoridades de saúde alertam, entretanto, que apesar da possibilidade da reinfecção, as vacinas contra a Covid-19 tem se mostrado eficazes para reduzir casos graves, internações e óbitos.
Publicado por: Badiinho Moisés com informações do Metrópoles