Conforme apurado pelo Blog do Badiinho, entre os investigados na “Operação Cherokee”, dois deles são ex-vereadores na cidade de Catalão, operação essa que apura recebimento de propinas que chegaram a R$ 1 milhão de reais para concessão de terrenos a empresários no Distrito Minero Industrial de Catalão (DIMIC).
Conforme noticiado aqui no Blog do Badiinho, um dos vereadores foi preso na manhã de hoje, quinta-feira, 13 de maio, e um outro ex-vereador não havia sido localizado e é considerado foragido pelas autoridades policiais.
Ao todo, 14 mandos de prisão e 12 de busca e apreensão foram cumpridos por policiais civis nas cidades de Goiânia, Catalão, Cristianópolis e Caturaí, em apoio a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).
Na cidade de Catalão, das quatro pessoas que estão sendo investigados dois são os ex-vereadores Silvano Batista da Silva, conhecido Silvano Mecânico e o empresário Paulo Arruda, que também já foi vereador em Catalão assumindo suplência entre anos de 2017 e 2018, quando entregou o cargo após o atual vereador Cláudio Lima (MDB) assumir o mandato após ter vencido em terceira instância, processo de cassação de candidatura por desincompatibilização de apresentação de programa diário em emissora de rádio fora do prazo determinado pela Justiça Eleitoral. Tanto Silvano Mecânico quanto Paulo Arruda, assumiram a gerência do DIMIC em Catalão.
Por meio de advogado de defesa, o ex-vereador Paulo Arruda disse que irá se apresentar as autoridades.
Os crimes que ocorreram entre os de 2016 e 2019, e ao menos 9 empresas teriam sido vítimas da quadrilha.
COMO ERA O ESQUEMA
Matéria divulgada pelo G1 Goiás, revelou que o grupo identificava empresários que estavam interessados em montar indústrias nos distritos industriais administrados pela então Goiás Industrial, atual Codego. A partir daí, passava a cobrar propina para dar andamento nos processos administrativos necessários.
Dos investigados, sete eram servidores da empresa estatal na época. “Fazia parte dos serviços deles entrar em contato com os empresários. Se o empresário poderia obter aquela área por um valor módico, esses servidores usavam essa oportunidade para viabilizar a instalação do empresário naquele local”, disse a delegada Débora Melo.
Alguns empresários que se recusaram a pagar os valores indevidos começaram a ser perseguidos. Membros do grupo teriam, inclusive, ameaçado despejar as indústrias já instaladas.
A polícia explicou que o esquema era tratado de maneira tão corriqueira que parte dos investigava assinava uma espécie de recibo para confirmar as propinas recebidas. Um dos investigados usou o cheque emitido por uma das vítimas para comprar um carro de luxo.
Durante a operação, foram encontradas várias armas em uma das casas, avaliadas em até R$ 100 mil. A polícia apontou ainda que houve um aumento elevado no padrão de vida dos investigados, o que não era compatível com os salários recebidos.
“Eram viagens internacionais várias vezes ao ano, aquisição de imóveis de luxo, trocas reiteradas de carros esportivos e outras situações que não seriam compatíveis com o exercício de uma função pública”, completou delegada.
Escrito por: Badiinho Filho