Escrito por: Badiinho Filho/Com informações da matéria da TV Anhanguera/Catalão GO
Fotos: Reprodução
Os brasileiros acompanharam pela imprensa nacional uma das maiores tragédias ambientais ocorrida em nosso país, provocado pelo rompimento da barragem de fundão da empresa Samarco de propriedade da Vale e a Anglo Australiana BHP. O rompimento causou a destruição do distrito de Bento Rodrigues, em Marina MG na tarde do dia 05 de novembro.
O rompimento da barragem provocou não somente mortes e destruição das casas de Bento Rodrigues, causou prejuízos ambientais incalculáveis, e talvez em alguns locais irreparáveis. Basta fazer a busca pelo Google, para encontrar o sofrimento da população de Bento Rodrigues, Mariana MG e algumas cidades do Espirito Santo, como o desabastecimento de água potável em Colatina, cidade de mais de 120 mil habitantes, provocada pela poluição do Rio Doce, que provou a morte de toneladas e toneladas de peixes. A lama tóxica da barragem chegou até o oceano no litoral capixaba.
O risco em Catalão
Há mais de 10 anos atrás umas das seis barragens de rejeito das mineradoras de Catalão se rompeu depois de não suportar a intensidade das chuvas e rompeu, a lama de rejeito desceu inundando fazendas, provocando ferimentos em um homem por ter sido arrastado pela correnteza. Na região de Catalão e Ouvidor exitem seis barragens de rejeitos das duas mineradoras, as quais depositam os produtos descartados no processo de produção de fosfato e nióbio.
Na semana passada a TV Anhanguera de Catalão, afiliada da Rede Globo, mostrou o rastro de destruição provocado pelo rompimento da barragem, fazendo com que a inundação chegasse a 100 metros do leito do córrego mais atingido, arrancando a mata exiliar, matando peixes, destruição de lavouras, casas ficaram submersas. Segundo a reportagem da emissora, cerca de 200 famílias vivem próximas as barragens de rejeito e em caso de rompimentos, os moradores estão na rota de inundação. Assim como o desastre em Marina MG, não foi divulgado as consequências do maior desastre ambiental de nossa região.
O Corpo de Bombeiros inspecionam todas as barragens de rejeito da região, o trabalho é preventivo e realizado uma vez por ano. “Vários aspectos são inspecionados, o potencial de risco, e a finalidade dela”. Major Warley Martins, comandante do 10º BBM em Catalão, o qual disse também em entrevista à TV Anhanguera, que devido a estrutura ser considerada muito mais técnica, e a avaliação técnica foge da competência do Corpo de Bombeiros, pois não possuem técnicos capacitados para avaliar a estrutura da barragem. O Corpo de Bombeiros disse também que a inspeção deve ser feita pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Procurados para saber quando foi feito a última vistoria nas barragens de Catalão, o DNPM não respondeu a solicitação da TV.
A produção também disse que entrou em contato com as duas mineradoras, as quais a Anglo American não quis se pronunciar, apenas a Vale Fertilizantes afirmou que a estrutura da barragem está dentro das normas exigidas pela lei, e disse ainda que deu entrada na Defesa Civil de Catalão a um plano de atendimento a emergências, mas o que assistimos na tragédia de Mariana MG é que a fiscalização e acompanhamento dessas barragens é ineficiente é completamente ineficiente.