Motivo da piora no estado de saúde do religioso, assim como a causa da morte, não foram revelados
O papa emérito Bento XVI, que já estava com a saúde agravada nos últimos dias, não resistiu e morreu aos 95 anos, neste sábado (31), segundo informou o Vaticano. Ele havia sido escolhido papa em de abril de 2005, após a morte de João Paulo II, no mesmo ano, mas renunciou em fevereiro de 2013, aos 85 anos, após anúncio feito durante uma reunião com os cardeais.
Em cerca de seis séculos, Bento XVI foi o primeiro que renunciou ao cargo mais alto da igreja católica. “Após ter repetidamente examinado minha consciência perante Deus, eu tive certeza de que minhas forças, devido à avançada idade, não são mais apropriadas para o adequado exercício do ministério de Pedro”, disse ele na época. Com a renúncia formalizada, papa Bento XVI deixou oficialmente suas responsabilidades como o maior representante da Igreja Católica e foi substituído pelo argentino Jorge Mario Bergoglio, intitulado Francisco, em 13 de março de 2013.
Ortodoxo, Joseph Ratzinger como é seu nome real, era conhecido por transitar entre os conservadores com mais facilidade e um dos favoritos para a sucessão papal. Nascido em 16 de abril de 1927 na cidade de Marktl, ele era de família humilde e o mais novo de três irmãos. Acabou entrando para o seminário aos 12 anos e fez doutorado em teologia na Universidade de Munique.
Seu óbito ocorreu por conta de uma piora do seu quadro clínico que já estava deteriorado, conforme o Papa Francisco afirmou na última quarta-feira (28). O motivo pela agravação de sua saúde, assim como a causa da morte, ainda não foram revelados.
Papa Bento vivia no Mosteiro Mater Ecclesiae desde sua renúncia e seu corpo estará na Basílica de São Pedro para a saudação dos fiéis a partir da segunda-feira (2). O funeral será na quinta-feira (5), às 9h30, horário local, na Praça São Pedro, presidido pelo Papa Francisco.