O diretor técnico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Ricardo Furtado, disse nesta quarta-feira (25) que a paraplegia da estudante Isadora é, a princípio, irreversível. “Estudos ainda precisam ser feitos, novos exames, mas até agora é julgado de caráter irreversível”, disse.
A jovem é uma das vítimas do ataque a tiros dentro da sala de 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. Um adolescente de 14 anos de idade abriu fogo contra colegas na última sexta-feira (20). Dois alunos foram mortos e quatro ficaram feridos.
Isadora ainda não sabe que o caso é irreversível. “Não chegou a hora de falar isso ainda. Isso vai ser colocado para ela. A psicologia e a medicina vão introduzindo isso para ela da forma menos traumática possível”, disse o coordenador Médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI II) do Hugo, Alexandre Amaral.
Assim que foi alvejada, a adolescente tentou levantar, mas suas pernas já não respondiam. “Ela fala que tava lá no chão e pedindo para a coordenadora ajudá-la, chamando com a mão, disse a mãe da jovem, a professora Isabel Rosa dos Santos. Segundo ela, a adolescente pede para que os médicos lhe devolvam os movimentos. “Eu estou sofrendo, mas vejo que ela está sofrendo muito mais” conta a mãe.
Ainda na sala de aula, Isadora viu os dois adolescentes que foram mortos, João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, caídos no chão. De acordo com a mãe, a estudante pergunta por eles. “Ela sabe (que estão mortos) porque ela viu, mas eu não confirmo nada” explicou Isabel.
Além da lesão na coluna, Isadora foi atingida no pescoço e na mão esquerda. O projétil que atingiu uma vértebra também perfurou o pulmão. Atualmente, ela respira de forma espontânea, sendo que em alguns momentos coloca uma máscara que ajuda a manter os pulmões abertos, segundo o diretor Ricardo Fortunato. De acordo com ele, a estudante deve ficar na UTI por mais pelo menos 48 horas.
Escrito por: Redação/Jornal O Popular
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