A Pfizer anunciou, nesta terça-feira (16/11), um acordo que possibilitará a produção da versão genérica do medicamento experimental contra a Covid-19 por fabricantes de 95 países de baixa e média renda. O Brasil não foi incluído na iniciativa.
O acordo de licenciamento voluntário entre a Pfizer e o grupo internacional de saúde pública Pool de Patentes de Medicamentos (MPP) permitirá sublicenças do antiviral para fabricantes de medicamentos genéricos qualificados para fazer suas próprias versões do PF-07321332, vendido pela Pfizer com o nome comercial de Paxlovid.
“Estamos extremamente satisfeitos por ter outra arma em nosso arsenal para proteger as pessoas dos estragos da Covid-19”, afirmou Charles Gore, diretor executivo do MPP.
De acordo com a Pfizer e o MPP, os 95 países do acordo cobrem cerca de 53% da população mundial. Foram privilegiadas nações de renda baixa, média-baixa e alguns de renda média-alta da África Subsaariana. Além do Brasil, ficaram de fora do acordo a Líbia, Cuba, Iraque e Jamaica.
Estudo com Paxlovid
Resultados preliminares de um estudo clínico feito pela empresa norte-americana mostraram que a pílula tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de adultos com alto risco de complicações pela doença quando combinado com o antiviral ritonavir – um medicamento usado contra a infecção pelo HIV.
O Paxlovid age bloqueando uma enzima de que o coronavírus precisa para se multiplicar. Os melhores resultados foram observados quando ele foi administrado logo no início da infecção.
Publicado por: Badiinho Moisés/Com informações do Metrópoles