A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 24, a Operação DAIA e cumpre 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal. Ação busca aprofundar as investigações referentes à atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no âmbito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de valores nas contas dos investigados, além do afastamento de servidores públicos de suas funções. A investigação contou com a colaboração da Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura.
As investigações apontam que, desde que venceu a licitação promovida pela Receita Federal para exploração do Porto Seco de Anápolis, em Goiás, a empresa passou a enfrentar problemas na fase de habilitação em relação ao terreno apresentado por ela para a construção do Porto.
Para superar essas dificuldades, a empresa teria contratado lobistas para viabilizar a aquisição de um terreno do DNIT situado no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) por um preço bem abaixo do valor de mercado.
DENÚNCIAS
Em nota, o Grupo Porto Seco Centro-Oeste reforça que a Operação Daia envolve suspeitas de irregularidades cometidas pela empresa Aurora da Amazônia, que foi sua concorrente em licitação realizada em 2017. Atual operador do terminal alfandegado de Anápolis, o Grupo Porto Seco Centro-Oeste não é parte das investigações e tem, na verdade, denunciado nos últimos anos as manobras jurídicas e administrativas da concorrente com o objetivo de burlar o edital de licitação para assumir a prestação do serviço mesmo sem apresentar as condições exigidas pela Receita Federal. “Confiamos na atuação dos órgãos de fiscalização e na justiça e seguimos à disposição para contribuir com as investigações”.