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Política: Cachoeira e Iris se arranham em Goiás

Escrito por: Badiinho Filho

Iris X Cachoeira

A política do estado de Goiás começou a esquentar, esquentar de um tal ponto que até começou a ferver de borbulhar. Na edição do Jornal Diário da Manhã, desta última segunda-feira (18), o empresário Carlos Augusto Ramos (Carlinhos Cachoeira) publicou um artigo, e deu um ultimato ao governadoriável Iris Rezende a calar-se, referindo-se aos ataques que o candidato faz ao empresário, que foi alvo de investigação da Justiça pelos crimes de contravenção, chegando a ficar detido. O caso Cachoeira foi destaque nacional, custando o cargo do paladino da justiça, o senador Demostenes Torres, ex-Democratas e a convocação do governador Marconi Perillo em uma CPI na Câmara Federal, onde teve de dar explicações das relações de amizades com o contraventor, após interceptações telefônicas.

Passando-se mais de dois anos, o caso Cachoeira vem sendo sendo destacado repetidamente na campanha do peemedebista Iris Rezende, o que despertou a ira do empresário, levando-o a ameaçar a abrir a caixa preta, que diferente do jatinho de Eduardo Campos, essa tem conteúdo gravado e documentando. “Não se esqueça Iris do seu encontro com o manda chuva e mais dois diretores da Delta, em sua fazenda no Mato Grosso, em que o cardápio trazia pescaria e também outros assuntos não tão republicanos, tudo, como sempre acontece comigo, devidamente documentado.” Disse o empresário em seu artigo.  

Leiam o artigo de Carlos Augusto Ramos (Carlinhos Cachoeira), publicado pelo Diário da Manhã nesta última segunda-feira (18)

 Carlinos Cachoeira

Os canalhas também envelhecem

Artigo do empresário goiano Carlos Cachoeira publicado no Diário da Manhã

Ocultação de patrimônio em nome de terceiros, lavagem de dinheiro, herança de família… Como lembraria, apropriadamente, Noel Rosa: “o seu dinheiro nasce de repente/ embora não se saiba se é verdade/ você acha nas ruas diariamente/ anéis, dinheiro e até felicidade. Toda espécie de gente quer ser político.

Goiás é um reduto costumeiro de imigração. Terra de oportunidades, construiu talvez o povo mais bonito do Brasil e o dinheiro veio com fartura porquê de cem anos para cá o Estado que era o mais pobre da nação se transformou num oásis de prosperidade. Lamentavelmente, o traquejo não acompanhou a transformação da era da carroça para a supersônica com igual velocidade. Daí o imenso besteirol que nos acompanha diuturnamente, onde quer que estejamos. Felizmente, não temos famílias tradicionais, mas somente sobrenomes antigos.

Alguns de nossos políticos jamais poderiam ser candidatos, deveriam estar tomando noções basilares da língua pátria, em vez de submeterem nossos ouvidos à ‘sinergia’, ‘choque de gestão’ ou ‘frango de granja’. A língua passou a ter mais desvios que a administração da Agetop, Detran, Celg e Comurg. Os pobres infelizes, quando candidatos, são submetidos a uma sabatina árdua sobre suas preferências literárias, conhecimento de administração, história, gostos culinários e o diabo a quatro. A sorte é que quase sempre quem indaga e quem lê são também incultos. Lembro-me, numa eleição muito recente, de um candidato poderoso que respondeu, honestamente, qual era o autor que estava lendo naquele momento. Resposta na bucha: Maurício de Sousa. Por conta disso, O jornal de maior circulação do Estado teve de fazer uma matéria de página inteira, na capa do caderno 2, com fotografia do dito fulano, cercado de livros “que estava lendo naquele momento” e discorrendo até sobre filosofia. Francamente! Fora os ternos, gravatas, camisas, sapatos com fivelas que alguém sugeriu que utilizasse para parecer modernos.

Um capítulo à parte são as mulheres dos candidatos, as tais primeiras damas, que fazem de tudo para aparecer, quando deveriam parecer discretas. Várias se aproveitam do nome do marido e acabam também se imiscuindo na política, onde fazem carreira longa e inexpressiva. Lembro-me de uma que fez um imenso ‘depoimento’ sobre sua vida antes da conversão ao cristianismo, narrando detalhadamente, para a plateia, entre estarrecida e em êxtase, suas traições e aventuras sexuais. É de chorar.

Todos sabem que, desde os anos 80, participo ativamente da vida política do Estado. Convivi com toda espécie de gente, com integrantes de todos os partidos políticos, jornalistas, empresários, juízes, promotores e tudo o que cerca esse mundo. Conheço, com proximidade, os quatro primeiros colocados nas pesquisas de intenção de votos para governador de Goiás. Por opção própria me afastei para recolher-me com minha família ao ostracismo e à minha defesa, onde provarei que fui vítima de uma grande armação que visava destruir terceiros, mas disso poderei tratar somente no futuro.

Mais recentemente apareceu a figura de um novo tipo de político, “o pilantra ninja”, aquele que faz tudo igual aos outros, e até pior, porém quer aparecer aos olhos do ‘povo’ como uma vestal, um insigne, um imaculado. Este político, Iris Rezende Machado, tantas fez que obrigou-me, neste instante, a sair do meu propósito, e vir à tona para esclarecer, minimamente, quem ele é e porque me ataca.

Iris, que por erros próprios, está se distanciando do primeiro colocado nas pesquisas, insiste no denuncismo e por onde passa declara algo sobre o ‘caso Cachoeira’. Promete que isso vai ser o mote principal de sua campanha e tem me utilizado vulgarmente para atingir o seu principal oponente. Desejo-lhe sorte, mas se esqueça de mim, senão da próxima vez que me pronunciar, já será com as provas do que vou aqui dizer.

Iris, quando era candidato a governador em 1990, participou de todas as solenidades de fim de ano da ‘Look Loterias’, empresa que gerenciava então toda a operação do jogo do bicho em Goiânia. Lá, em um ginásio de esportes, entregou brindes e prometeu, mas não cumpriu, doar casas para os cambistas presentes. Aos proprietários encantou-os com a possibilidade de legalizar o jogo. Como retribuição teve farta contrapartida financeira.

Quando se tornou Senador da República, chegou a oferecer-me um almoço na residência do à época também Senador, Maguito Vilela, juntamente com dois outros empresários.

Não se esqueça Iris do seu encontro com o manda chuva e mais dois diretores da Delta, em sua fazenda no Mato Grosso, em que o cardápio trazia pescaria e também outros assuntos não tão republicanos, tudo, como sempre acontece comigo, devidamente documentado.

Se quer estancar a metástase, me esqueça. E peça aos que o seguem, especialmente os traidores e seus capangas, que tomem a mesma direção. Não quero ter de voltar aqui para dispensar aos outros a mesma posologia que fui obrigado a lhe conferir. Lembre a eles dos favores prestados a seus amigos vagabundos e, a sempre presente, despesa de campanha. Vá cuidar de sua fortuna de mais de um bilhão de reais e sobrevoe, nas asas do seu avião King Air, áreas públicas distribuídas a associações filantrópicas e que, estranhamente, foram parar nas mãos de particulares.

 Repito, estou dentro da minha casa com minhas angústias, tormentos, esperanças e crenças. Mas o meu silêncio não deve ser confundido com pusilanimidade. Para defender minha família e minha honra viro ‘Lampião’ e só me calarei “quando a indesejada das gentes chegar”.

Iris, lembre-se do grande Chico Anísio, em vez de ficar saracoteando daqui pra acolá como o atleta coalhada, siga a ordem que o Nazareno dava pra sua mulher Sofia e fique: CA-LA-DO!

A velhice não é defeito para ninguém, ao contrário, a decadência física deve se alinhar à pujança intelectual. Churchill morreu com mais de 90 anos, respeitabilíssimo, referência para a humanidade. O que quer o eleitor não é você sacudindo suas pelancas, colocando em dificuldade seu personal trainer e gastando dinheiro a mais com cardiologista. Faça uma corrida mental, se supere, vá adiante, leia, pesquise, apresente propostas. Se reinvente. Sempre penso nos velhinhos com aquele ar de bondade, com dificuldades como o Mister Magoo, bons conselheiros. Mas de você eu só consigo me lembrar que os canalhas também envelhecem.

 

(Carlos Augusto de Almeida Ramos, empresário)

 

Nota Oficial é publicada pela Coligação Amor por Goiás de Iris Rezende

Após tomarem conhecimento do artigo, a assessoria de comunicação da campanha de Iris Rezende, publicou em sua página no Facebook, uma nota oficial, tratada como caluniosas.

 Iris Cardoso

Nota Oficial

Causaram estranheza as calúnias de Carlos Cachoeira, publicadas hoje pelo jornal Diário da Manhã. Justamente quem faz essas conjecturas mentirosas é alvo de um escândalo investigado pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

Não Cachoeira, processado e condenado pela Justiça a mais de 40 anos de prisão, mas sim a população de Goiás merece nossos esclarecimentos!

No texto, Cachoeira confessa e deixa clara sua relação estreita com a diretoria da empresa Delta, iniciada no atual governo Marconi Perillo e negada na CPMI durante a investigação promovida pelo Congresso Nacional.

As provas coletadas foram enviadas ao Ministério Público Federal e serviram para instaurar o inquérito criminal, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para apurar a relação de Carlos Cachoeira com o governador Marconi Perillo.

Diante disso, foi solicitada audiência junto ao Procurador-Geral da República e ao presidente do STJ para repassar-lhes esses novos fatos, que evidenciam a atuação política e coordenada desse grupo para tentar atingir a imagem pública e honrada do candidato Iris Rezende Machado.

A candidatura de Iris Rezende ao governo significa real ameaça ao poder desse grupo, que se entranhou politicamente no governo de Goiás, nomeando assessores diretos do atual governador.

A Coligação Amor por Goiás não deixará de levar a verdade aos eleitores do Estado e não se intimidará por ameaças proferidas por preposto do governador.

 

Coligação Amor por Goiás

 

PMDB – SDD – DEM – PCdoB – PTN – PRTB – PPL

 

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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