Após denúncia anônima, o secretário de Infraestrutura e vice-prefeito de Catalão, Rodrigo Alves Carvelo, o Rodrigão, acompanhado de policiais civis, encontrou 12 peças de concreto usadas para montar mata-burros, na manhã desta segunda-feira, 25, em um terreno da cidade. O imóvel pertence a um , servidor público municipal aposentado e que ocupava cargo comissionado na gestão anterior.
Rodrigão afirma que em 29 de dezembro de 2012 fez uma visita informal à serraria municipal, e neste dia, percebeu que havia 21 blocos de cimento que seriam utilizados para a montagem de mata-burros.
“Depois quando assumimos a prefeitura, na outra semana eu voltei ao local, e a maioria havia desaparecido. Ficaram dois blocos somente. Está é uma das denúncias que o prefeito Jardel Sebba vai repassar ao Ministério Público. Pelo estado de conservação das peças, foram fabricadas no ano passado. Foram várias coisas que foram levadas, que sumiram, desapareceram dos órgãos da prefeitura”, afirmou Rodrigão.
“Foi eu quem fiz essas peças. Tenho certeza. Passaram pelas minhas mãos. Agora, depois de pronto, quem os tira de lá para levar para serem colocados nas fazendas são os chefes. Não sei dizer, porque vieram parar aqui neste lote”. Assim, o senhor Celmo Bernades de Assunção, funcionário da fábrica de montagem de mata-burros de concreto que está instalada na diretoria de produção, popular serraria da prefeitura, respondeu ao ser questionado se ele reconhecia os blocos de concreto encontrados num lote na rua 542, no Setor Santa Cruz, em Catalão.
Rodrigão ressaltou que um mata-burro feito pela prefeitura fica em torno de R$ 1,3 mil, mas se for para ser comprado, o custo seria de R$ 3 mil. Outro fato interessante é que em Catalão apenas a serraria da prefeitura produz mata-burro de concreto, portanto, não existe outra empresa do ramo no município.
“O que foi encontrado aqui custa em torno de R$ 9 mil. E a gente fica pensando, que vários produtores ainda esperam por tal benefício, que existem mata-burros estragados, que os moradores da zona rural é que foram prejudicados com uma ação dessas”, frisou Rodrigão.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Jean Arruda, o proprietário do lote procurou a polícia à tarde e afirmou que os blocos de concreto foram doados pela administração passada. Um inquérito será instaurado para apurar os fatos.
