Preços de medicamentos no Brasil podem sofrer reajuste de até 5,6% a partir de abril, de acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). O aumento segue as regras protegidas pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão vinculado à Anvisa, que anuncia continuamente o índice de reajuste baseado no IPCA acumulado em 12 meses até fevereiro do mesmo ano.
O ano de 2022 foi atípico para a indústria farmacêutica brasileira, que iniciou desafios operacionais e financeiros, além de uma demanda urgente por produtos para doenças respiratórias. Os custos de produção também aumentaram, impulsionados pelo aumento dos preços dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs), cotados em dólares, e pelas tarifas de frete, devido à dependência do país em relação a fornecedores da China e da Índia.
Embora o reajuste siga as regras protegidas, várias indústrias farmacêuticas terminaram o balanço de 2022 com margens reduzidas, aproximadamente 13.000 apresentações de medicamentos disponíveis nas farmácias brasileiras terão autorização para o reajuste máximo.
A Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) destacou que o reajuste é uma decisão governamental baseada em indicadores médicos e na produção de medicamentos pela indústria.
Diante do aumento dos preços dos medicamentos, aconselha-se aos consumidores a pesquisa de preços, solicitação de descontos em planos de saúde e farmácias, além da compra de medicamentos genéricos. Também é possível obter medicamentos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mediante apresentação de receita médica em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou em uma farmácia credenciada à “Farmácia Popular”.
Publicado por: Badiinho Moisés
