EXPORTAÇÃO DO PORCO AUMENTOU APÓS PESTES
Assim como no caso da carne bovina, a exportação do porco também se intensificou, estimulada pela peste suína africana, que atinge a Ásia. Neste ano, até outubro, foram exportadas 582,9 mil toneladas de carne suína, 12% a mais que no mesmo período de 2018, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior. A produção, porém, não vai acompanhar a alta, segundo Santin. O aumento na produção deve ser entre 1% e 2%, afirma. “Vai ser uma pressão (no preço) bem forte agora, nos períodos de festa de fim de ano, quando as pessoas consomem mais, compram mais para seus churrascos, suas festas, mas ela continua pelo menos até a metade do ano que vem”, afirma. “Porque você não tem oferta maior que possa suprir esse aumento de exportação.”
Ainda assim, o diretor afirma que não há risco de desabastecimento desses produtos no Brasil.
PREÇOS NÃO DEVEM VOLTAR AOS DO ANO PASSADO
Na semana passada, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o preço da carne bovina não vai voltar ao nível anterior, por causa da falta de reajuste nos últimos três anos. Ricardo Santin afirma que o mesmo vale para as carnes de frango e, principalmente, de porco. O preço da carne suína estava em baixa há mais de dois anos, reflexo da suspensão da importação pela Rússia em 2017, segundo o diretor da ABPA. “O preço não volta mais ao nível anterior, porque o custo de produção já não permite que você volte”.
Ele diz que, mesmo com o aumento da produção previsto para os próximos meses, para suprir a demanda maior do exterior, é difícil prever se os preços vão baixar em comparação com os atuais, principalmente no caso do porco. “Por mais esforço que os produtores façam de aumentar a produção, eles não vão acompanhar a ânsia dos importadores”, afirma.
Escrito por: Redação/Economia Uol.