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Prefeito Jardel Sebba, Padre Luiz Augusto e mais seis pessoas foram indiciados por peculato-estelionato

Escrito por: Márcia Abreu – Jornal O Popular

Deputado Jardel Sebba Foto:Carlos Costa/13/09/2011

(Foto: Reprodução)

O padre Luiz Augusto Ferreira da Silva e outras oito pessoas foram indiciadas pelo crime de peculato-estelionato (peculato mediante erro de outrem). O inquérito foi encaminhado ontem pela Polícia Civil ao Judiciário. Padre Luiz foi denunciado por ter recebido sem trabalhar durante 20 anos da Assembleia Legislativa.

O Jornal O POPULAR esteve ontem na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, onde o pároco trabalha, mas ele não quis interromper o atendimento que fazia à comunidade para conversar com a reportagem. Apenas disse que “está dedicado às questões da igreja e que, no momento certo, a verdade vai surgir por meio de Deus.” O advogado dele, Tadeu Bastos, informou que “dentro de toda a verdade, nós vamos demonstrar que o serviço social foi prestado e que essa situação de ele não estar na Assembleia, prestando serviços externos, tem previsão no ordenamento jurídico.” Pessoas próximas ao padre dizem que ele está deprimido e que reclama que é vítima de injustiça.

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Padre Luiz Augusto: “A verdade vai surgir da parte de Deus” (Foto: Diomício Gomes/O Popular)

De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), responsável pelo inquérito, a pena pode variar de um a quatro anos – também pode haver multa.

“O recebimento dos salários constitui crime continuado, o que pode aumentar a condenação de um sexto a dois terços”, diz o titular da Dercap, delegado Rômulo Figueiredo de Matos.

Também foram indiciados o prefeito de Catalão e ex-deputado estadual, Jardel Sebba (PSDB); o ex-presidente da Assembleia, Tiãozinho Costa; o diretor parlamentar da Casa, Rubens Sardinha; os ex-chefes de gabinete, Luiz Eduardo Silva e Maria Verônica Azevedo; ex-chefes da Seção de Registro e Cadastro, Jacqueline Nasiazene Lima e Amazília Jorge da Silva; e o presidente do Sindicato dos Servidores do Legislativo Goiano (Sindisleg), Euclides Franco.

Por ter foro privilegiado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) e ex-deputado estadual, Helder Valin (PSDB), não foi indiciado. A polícia encaminhou o caso, no entanto, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que o órgão proceda com a investigação.

No inquérito, o delegado destaca a confissão do sacerdote. “Ele confessou não fazer trabalhos internos na Assembleia. Seu cargo não possui atribuição social nem os locais de lotação permitem atribuição social”, diz.

Badiinho Filho
Badiinho Filho
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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