A prisão do proprietário rural Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos de idade, e do caseiro Alain Reis Santana, de 33 anos, por ajudar Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos na fuga que já dura 17 dias, foi possível depois que Elmi se negou a liberar a entrada da força-tarefa em sua chácara, no distrito de Girassol, em Cocalzinho de Goiás.
Elmi foi preso em uma estrada ao não parar em uma abordagem policial. Já Alain – que trabalha para o proprietário rural – foi detido na chácara, depois que helicópteros avistaram uma pessoa fugindo pela mata no local. Alain admitiu se tratar de Lázaro o vulto.
As prisões foram no final da tarde de ontem, quinta-feira (24). Uma equipe do Comando de Operações de Divisas (COD) da Polícia Militar foi até a chácara de Elmi após ter sido informada pelo Comando de Choque da PM que o proprietário do imóvel rural não havia permitido a entrada de policiais na noite anterior para as diligências no local, mesmo tendo informações de que Lázaro poderia estar naquela área escondido.
Na ocasião, helicópteros da PM de Goiás e do Distrito Federal sobrevoavam o local no momento em que Alain, que era caseiro de Elmi, deixava a propriedade ao mesmo tempo em que um vulto foi percebido entrando na mata e escapando. Policiais que estavam em terra abordaram o caseiro, que teria afirmado se tratar de Lázaro.
Alain teria dito aos policiais antes de ser levado para a Central de Flagrantes de Águas Lindas que Lázaro estava passando a noite na chácara já há 5 dias, que estaria almoçando e jantando no local, com a conveniência de Elmi e que o fugitivo estaria armado e com um celular. Elmi e Alain já conheciam Lázaro porque a mãe dele já havia trabalhado na propriedade rural.
O caseiro também teria dito que via o dono da chácara gritando em direção à mata para que Lázaro fosse ao local comer, que a porta ficaria aberta. Além disso, foi apontado um local onde o suspeito de matar uma família em Ceilândia e ter sido o autor de outros sete crimes violentos na região nos últimos meses fumava maconha.
Cães farejadores foram ao local após a prisão dos dois suspeitos e identificaram o rastro de Lázaro, indicando que ele esteve de fato na chácara. Duas armas foram encontradas no local: espingardas calibre ponto 22 com 49 munições. Uma delas teria sido roubada por Lázaro em um dos crimes pelo qual é investigado.
Elmi chegou à noite na chácara escoltado pela polícia e admitiu ser o dono de uma das armas. E então os dois foram levados para a delegacia em Águas Lindas, onde prestaram depoimento.
Um advogado disse em entrevista para emissora de TV que Elmi nega conhecer Lázaro, não vivia na chácara e não sabia que o fugitivo estava se escondendo na chácara.
O titular da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Rodney Miranda, disse na noite de quinta ter provas consistentes do envolvimento dos dois na fuga de Lázaro. Rodney disse também que a força-tarefa começou ainda na semana passada a investigar a participação de terceiros na fuga de Lázaro, por achar difícil que ele conseguisse ficar tanto tempo escapando do cerco sozinho e que, antes da ação desta quinta-feira, os policiais já estavam tomando depoimentos de Elmi e Alain, que negavam colabora com Lázaro, mas após uma série de contradições em suas falas, teriam confessado.
A força-tarefa teria encontrado mensagens no celular de Elmi, corroborando as suspeitas de que ele e o caseiro estavam protegendo Lázaro. Para ter acesso a elas, teria sido concedida uma ordem judicial a pedido da Polícia Civil.
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Publicado por: Badiinho Filho/Com informações do O Popular.