Um projeto-piloto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) usa sensor na pele de pacientes para monitorar a glicemia de diabéticos, em Goiânia. A tecnologia controla o índice glicêmico sem a necessidade de picadas diárias nos pacientes. Atualmente, o trabalho é desenvolvido em 766 pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.
De acordo com a SMS, o sensor é aplicado diretamente na pele e ajuda diabéticos, que fazem uso de insulina, a monitorar o nível de açúcar no organismo. Com a tecnologia, o índice de glicose no sangue pode ser observado em tempo real, pelo celular. Segundo a pasta, o objetivo do projeto implantado em abril deste ano é reduzir as complicações agudas e crônicas de Diabetes Melltus Tipo I.
“Essa medida é muito superior aos métodos tradicionais e tem sido bem aprovada pelos beneficiados do projeto-piloto, levando em consideração que o diabético checa a glicose em até sete vezes ao dia”, explica o titular da pasta, Durval Pedroso.
Como funciona o sensor na pele que monitora a glicemia de diabéticos?
O sensor glicêmico, implantado no antebraço do paciente por 14 dias, é uma tecnologia que possibilita a disponibilização de dados da glicose e permite uma avaliação rápida da taxa de glicemia durante o seu uso. O aparelho permite, inclusive, que a equipe médica consiga detectar problemas, como picos hiperglicêmicos e episódios de hipoglicemia.
Depois de 14 dias, um novo dispositivo é aplicado no paciente e todas as informações do anterior são baixadas e armazenadas no banco de dados da SMS.
Qualidade de vida
Além de ampliar a eficácia de monitoramento e minimizar o desconforto causado pela verificação diária dos níveis glicêmicos, o projeto visa aumentar a adesão dos usuários ao tratamento para diminuir a incidência de internações e óbitos causados por diabetes. “Em comparação aos exames de pontas de dedos, medidas importantes são obtidas, como de madrugada, que permite um controle mais preciso e a melhor aplicabilidade de medicamentos”, relata o secretário Durval.
“Poder monitorar a diabete sem as diárias picadas é algo inacreditável”, relata o estudante Felipe Naves, de 16 anos, que durante a pandemia da Covid-19 foi diagnosticado com a doença e passou a precisar controlar a glicemia com o auxílio de insulina.
A mãe do adolescente, a empresária Kelly Naves, também aprovou o projeto e conta que fica atenta aos níveis de açúcar no sangue do filho enquanto ele está na escola, por exemplo. “A qualidade de vida do meu filho melhorou bastante e, definitivamente, o controle da glicemia é para ele um alívio.
Publicado por Badiinho Moisés/Com informações do Mais Goiás