Nessa semana, em todo o país, está sendo destacado várias campanhas contra o abuso e a exploração sexual infantil, tema destaque em vários veículos de comunicação do Brasil e de Goiás. Em Catalão não é diferente, a Rádio Cultura FM 101,1 está promovendo uma série de entrevistas durante toda a semana dentro da campanha da emissora com o tema “NÃO TIRE A INOCÊNCIA DE UMA CRIANÇA”.
Na última terça-feira (14), o entrevistado foi o Promotor de Justiça da Infância e da Juventude do Ministério Público, Dr. Fábio Santesso Bonas, que destacou sobre a importância dessas campanhas e como a pessoa deve fazer para denunciar os casos, mas destacando que essas denúncias devem ser feitas com muitas informações.
Estamos vivendo uma semana voltada para a conscientização do tema de abuso e exploração sexual infantil, como que o Senhor vê as campanhas voltadas para esse tema?
Fábio Bonnas: “Nós como brasileiros temos uma mania de se esquecer de várias coisas, e essas campanhas nacionais, principalmente as que tratam em questão do abuso, que já são feita desde o ano 2000, elas visam conscientizar a grande parte da população, para que existe um problema, existe efetivamente um público, e esse público é vítima de uma violência dentro de quatro paredes que não é visível, e a forma e o meio de se comunicar, de como abordar, de como denunciar, e eu penso, que essas campanhas é uma vacina contra essa violência. Nós temos uma população invariavelmente afetada por essa violência sexual, onde a criança as vezes não consegue de forma clara exprimir aquilo que ela passou, que sofreu ou que esteja sofrendo. Então esse tipo de campanha, é um alerta para que os educadores, agentes de saúde, vizinhos, comunidade em geral, possam identificar alguma situação e levar ao conhecimento dos órgãos de proteção, as autoridades, as informações que possibilitem cessar esse tipo de violência”.
“Eu falo muito que a violência sexual não se dá no bairro Big Brother, nós temos câmeras e uma cidade de forma oculta, então como transformar essa informação que têm a vítima, normalmente de menor idade ou coagida, porque mesmo ela tendo idade superior, geralmente ela é coagida a não informar sob pena da sua própria vida, então a pessoa tem um temor ou pela ação de terceiros ou principalmente e invariavelmente quando essa violência se dá entre familiares, a maioria dessa violência sexual, desse abuso é perpetuado por familiares, então ela têm esse temor, e ela têm muita dificuldade de informar, de levar isso ao conhecimento da autoridade essa violência. Então como eu disse, o que a gente precisa, é que a população, as pessoas de um modo geral, possam ter elementos e se familiarizarem de que existe essa violência e que não cessam”.
“Apesar de não temos dados oficiais do quantitativo, mas normalmente nós temos nos surpreendido com o aumento de casos, não que nós tenhamos mais violência sexual, ao contrário, essas campanhas reforçam e proporcionam a chegarmos a quem deve apurar”.
DENÚNCIAS
“O Promotor de Justiça da Infância e Juventude de Catalão, Dr. Fábio Santesso Bonnas, destacou que as denúncias podem ser feitas através do Disque 100, principalmente daquelas pessoas que querem fazer as denúncias anonimamente,. Porém, =ele alerta para que o denunciante conceda o máximo de informações possíveis, pois essas denúncias no Disque 100 é feita em Brasília-DF, retornando posteriormente aos órgãos de Catalão para que seja investigado, afirmando que trata-se de uma denúncia onde a pessoa responderá um processo muito sério, sendo uma questão muito grave e por isso ele destaca a necessidade do maior número de informações possíveis. Segundo o Promotor, uma pessoa condenada por abuso sexual, pega pena superior há 10 anos de prisão em regime fechado”.
Ouça a entrevista completa abaixo:
Escrito por: Badiinho Filho