Dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um excesso de mortes e uma diminuição dos nascimentos além do esperado.
O Blog do Badiinho apurou que a informação foi confirmada inclusive pelo gerente de Estimativas e Projeções de População do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Mitsuo Minamiguchi.
Para ele, “não há dúvidas sobre o impacto da pandemia na população brasileira”, mas que o efeito real só vai ser revelado através dos dados do Censo Demográfico que será feito em 2022.
“Olhando somente pela ótica dos óbitos, [a pandemia] pode ter jogado a taxa de crescimento da população para baixo. Mas o efeito real mesmo, como a população não varia só por óbitos, não temos ideia real de como foi impactado”, disse Márcio.
Minamiguchi afirma que quanto menor é o tamanho do território, maior é a chance dessa influência. Ou seja, as maiores diferenças entre a estimativa da população divulgada hoje pelo IBGE e aquela que será revelada após o Censo vai acontecer no âmbito dos municípios e Estados.
Para especialistas, a última pesquisa, que foi realizada em 2021, teve uma importância no sentido de que a pandemia da Covid-19 trouxe uma série de desafios para a sociedade brasileira, dando destaque às informações estatísticas como ferramenta para auxiliar decisões do poder público.
Como a pandemia ainda está em curso e devido à ausência de novos dados a respeito da migração, que juntamente à mortalidade e fecundidade constituem as chamadas componentes da dinâmica demográfica, ainda não foi elaborada uma Projeção da população para os Estados e Distrito Federal que incorpore os efeitos do contexto sanitário atual na população.
Publicado por: Badiinho Filho