O governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) disse nesta terça-feira (20) à uma rádio da capital goiana, que pretende manter 17 secretarias com pastas no Estado. Atualmente são 13 secretarias e mais 5 extraordinárias que ele vai extinguir. Caiado criticou a fusão de secretarias feitas pelo então governador Marconi Perillo, no início de seu terceiro governo (2011—2014), dizendo que ela provocou ineficiência na gestão e ainda maquiou a estrutura real da máquina pública.
Entre as secretarias que ele pretende recriar, estão a de Agricultura e a de Cultura, conforme prometeu na campanha eleitoral, e a de Esporte. O governador eleito revelou que esta pasta está em discussão na equipe de transição. Ele confirmou que vai cortar o número de cargos comissionados, mas não quis precisar a quantidade, pois quer conhecer a necessidade das secretarias e saber com precisão o que é “imprescindível” e o que é só “acomodação política”.
Para o governador, que prepara uma reforma administrativa, a atual estrutura do Estado é de uma “estrutura de poder” e não é funcional. Ele diz estar sendo cauteloso, pois pretende ter um “governo funcional” e que isso não é desenvolvido da noite para o dia. Caiado voltou a defender a transparência nas suas ações e falou em “jogar luz no quarto escuro para ter noção onde está pisando”. E reforçou que vai iluminar “os lugares obscuros” do Estado.
Questionado se não está demonstrando insegurança por não ter anunciado nenhum nome para seu secretariado, Caiado negou. Afirmou que tem humildade para ouvir pessoas e que a realidade do Estado impõe essa cautela. “O eleitor me deu a oportunidade de vencer no primeiro turno e eu terei tempo de ouvir boas cabeças. A idade nos ensina a ter humildade”.
O futuro governador disse que a sobrevivência do Estado é sua principal preocupação. Ele revela que sua prioridade no início do governo é pagar salários se porventura estiverem atrasados e repassar os recursos para as organizações sociais que fazem a gestão das unidades de saúde.
Caiado confirmou que discute com deputados estaduais atuais e os futuros, quatro projetos de lei em tramitação na Assembleia Legislativa: Orçamento anual para 2019, programa de refinanciamento de dívidas fiscais, o Orçamento Impositivo e a reinstituição de incentivos fiscais concedidos pelo governo até 8 de agosto de 2018. Todavia, ele não quis adiantar se pretende rever os atuais incentivos fiscais, pois quer conversar primeiro com o setor produtivo.
Escrito por: Redação/Sacres Online