Senador Wilder diz que a educação pode provocar transformações sociais
Sempre que perguntado o que fez o jovem pobre de Taquaral de Goiás, cuja família nem casa própria tinha para morar, se tornar o empresário Wilder Pedro de Morais, o agora senador Wilder Morais tem a resposta na ponta da língua: “a educação foi a grande ferramenta de transformação em minha vida”. Ele inclusive cita uma frase do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela para enfatizar a importância da educação: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” Wilder salienta também que sua determinação pesou muito para que ele se formasse em Engenharia Civil na PUC-Goiás.
O senador Wilder conta que enfrentou muitas dificuldade financeiras quando se mudou para Goiânia com objetivo de estudar. “Mas não fosse isso, com certeza, eu não teria entrado para o segmento da construção civil como engenheiro formado pela PUC-Goiás e, consequentemente, me tornado um empresário no setor.”
Leia a partir do próximo parágrafo artigo do senador Wilder Morais sobre a importância da educação:
A educação é o caminho
O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela tem uma frase que, a meu ver, define muito bem a importância da educação como ferramenta de transformação social. Conforme Mandela, “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” Essa mudança de que fala o ex-presidente está relacionada à capacidade de as pessoas pensarem com as próprias pernas e assim serem capazes de provocar grandes transformações pessoais e até sociais.
Eu particularmente sirvo como exemplificação. A grande transformação ocorrida em minha vida é fruto da educação. Ainda adolescente em Taquaral de Goiás, cidade goiana a 80 quilômetros de Goiânia, eu tive o privilégio de perceber a importância da educação na vida as pessoas. E assim, enfrentando muita dificuldade financeira, vim para Goiânia estudar. Não fosse isso, com certeza, eu não teria entrado para o segmento da construção civil como engenheiro formado pela PUC-Goiás e consequentemente me tornado um empresário no setor.
Antes do segundo turno das eleições em que Dilma Rousseff foi eleita presidente da República, a então candidata falou de seu compromisso com a melhoria da educação, falou também que está nas pessoas e professores o poder de fazer o Brasil dar um passo à frente e promover a revolução do conhecimento e da educação. Depois de eleita, Dilma Rousseff, em seu primeiro pronunciamento à Nação, em rede nacional de rádio e televisão, voltou ao assunto educação: — Estou aqui para reafirmar o meu compromisso com a melhoria da educação e convocar todos os brasileiros e brasileiras para lutarmos juntos por uma educação de qualidade. Vivemos um momento especial de nossa história. O Brasil se eleva, com vigor, a um novo patamar de nação. Temos, portanto, as condições e uma imensa necessidade de darmos um grande salto na qualidade do nosso ensino. Um desafio que só será vencido se governo e sociedade se unirem de fato nesta luta, com toda a força, coragem e convicção.
Essa mobilização apontada pela presidente, no sentido de governo e sociedade se unirem para vencer o desafio de elevar a qualidade do ensino, por aqui, infelizmente, ainda se encontra no estágio de plano, enquanto em outros países já realidade. Exemplo disso podemos encontrar na Coréia do Sul. Naquele país já está se colhendo os frutos dos investimentos realizados há décadas. No Brasil, fala-se muito e solução para os problemas, que é o essencial, não acontece.
Para elevar a qualidade da educação que é ministrada no Brasil, faz-se necessário que o percentual do PIB investido no setor, hoje em quase 5%, atinja de 7 a 8%. Isso nos deixará em igualdades de condições em relação aos investimentos em educação realizados pelos países desenvolvidos. Melhoramento na gestão dos recursos também é algo que precisa ser realizado por aqui.
Mas sejamos lúcidos em reconhecer que não basta apenas a elevação quantitativa do acesso das pessoas à educação para que um país alcance um crescimento econômico sustentável. Há estudos sérios, resultantes de experiências internacionais, que apontam que o aumento de escolaridade dos indivíduos não está ligado diretamente ao crescimento econômico de um país. O professor e consultor em educação Carlos Henrique Araújo, em seu artigo “Crescimento econômico e educação”, publicado no site do Centro Industrial do Ceará, apresenta alguns pré-requisitos indispensáveis a uma nação para que ela seja forte e competitiva: — Em outros termos, se não há a produção de incentivos de investimentos no futuro, permanecendo a convivência de baixo desenvolvimento e pouco investimento tecnológico, ausência de ambiente livre para negócios, permanência de alta inflação, dificuldades de aberturas de empresas, altas taxas de juros e poucos incentivos a liberdade empresarial, excesso de intromissão do estado na economia, alta carga tributária, poucas chances se tem de crescimento econômico sustentável, mesmo que se elevem as taxas de escolaridade da população. Não se consolida uma nação forte e competitiva sem estes pré-requisitos.