Na tarde do último sábado, 31 de março, por volta das 16 horas, Ana Vitória Pereira Alves, 19 anos de idade, foi morta com um tiro na cabeça, após ser convidada a trabalhar pela suspeita do assassinato. O crime aconteceu em um restaurante que fica as margens da GO 210, bem próximo a ponte do Rio São Marcos, já no município de Davinópolis.
Hoje pela manhã, nossa produção esteve na sede da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher de Catalão (DEAM), e foi atendida pela delegada responsável pelo caso, Dra. Alessandra Maria de Castro, que contou como está o andamento das investigações. Alessandra confirmou que a principal linha de investigação é sim de um crime passional, e a autora é uma mulher de 39 anos de idade, esposa do proprietário do restaurante, um homem de 34 anos de idade, que segundo a delegada, estaria tendo um relacionamento extraconjugal com a vítima. A possível autora, ao descobrir este relacionamento, contratou a jovem para voltar a trabalhar no restaurante, buscou a Ana Vitória em Davinópolis GO, e por volta das 16 horas da tarde, matou a jovem com um tiro na cabeça.
A delegada também contou que durante o trajeto, a vítima percebeu uma mudança de comportamento na patroa, chegando até a avisar uma amiga que avisou de imediato os seus familiares por meio um aplicativo de troca de mensagens. Segundo a delegada, estes familiares pediram que Ana Vitória arrumasse uma carona e retornasse para Davinópolis imediatamente, pouco tempo depois, Ana Vitória teria acalmado os familiares, alegando que estaria tudo bem, e que iria embora, porém ela foi assassinada.
Leiam entrevista que a delega da mulher concedeu ao blogueiro Badiinho Filho
Badiiinho: Doutora, sobre o último homicídio que aconteceu na tarde de sábado (31), comenta-se que foi um crime passional, a senhora confirma essa versão? Essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil?
Delgada Alessandra Maria: Até agora, através de investigações preliminares, apuramos que a suspeita era casada com o proprietário do dono do restaurante, o qual estava mantendo um relacionamento extraconjugal com a Ana Vitória. Pelas informações preliminares a provável autora teria descoberto esse relacionamento no sábado, porém ela já desconfiava que o seu marido tinha outra mulher, mas ela não sabia quem era, e no sábado ela conseguiu identificar quem era essa mulher, entrou em contato com ela (Ana Vitória), chamou ela para poder trabalhar no restaurante, pois ela já a conhecia, pois Ana Vitória já teria trabalhado no restaurante do casal, alegando que precisava dela para trabalhar, e Ana Vitória se dispôs, então ela buscou a vítima na casa dela em Davinópolis, e no caminho a provável autora parou na ponte do rio São Marcos, o que fez com que a vítima ficasse com medo, desconfiada da atitude da patroa, pois ela estaria com o comportamento meio fora do normal. Ao sentir isso, a vítima avisou uma amiga, a qual avisou os seus familiares, isso através do celular. Prosseguindo, elas chegaram ao restaurante, os familiares de Ana Vitória ficaram desesperados, pois eles já sabiam da situação dela com o marido da possível autora, pediram-lhe que ela saísse imediatamente do restaurante, pegasse uma carona e retornasse para Davinópolis, que respondeu eles: “Estou indo embora, está tudo bem”, acalmando a família, mas logo aconteceu a fatalidade, onde a mulher do proprietário deu um tiro, porém essa informação é preliminar, de que foi um tiro na cabeça, pois precisamos do laudo cadavérico, o qual já está sendo confeccionado, mas pelas informações preliminares, é que essa mulher de 39 anos de idade teria dado o tiro na cabeça de Ana Vitória e fugiu do local.
Blog do Badiinho: Podemos dizer que foi um crime premeditado?
Delegada Alessandra Maria: Sim, no momento podemos dizer que sim, pois ela pegou uma arma, voltou até o local e cometeu o crime.
Badiinho: A senhora tem conhecimento de qual era o tempo que o marido dessa provável autora estaria se relacionado com a vítima? Por quanto tempo Ana Vitória trabalhou com este casal?
Delegada Alessandra Maria: Períodos exatos do tempo de trabalho da Ana Vitória no restaurante eu não posso dizer, mas o relacionamento deles já tinham em média cerca de dois anos. Ainda essas informações são preliminares, ainda vamos ouvir todas as partes, o dono do estabelecimento, que o marido da possível autor, isso tudo com o objetivo de esclarecer todo o fato, principalmente o homicídio em si, porque quando ocorreu, possivelmente a única pessoa que presenciou foi o marido a suspeita, porque ele estava no local, segundo a Ana Vitória que teria dito aos familiares que estava bem e que o homem estava lá.
Badiinho: A suspeita segue foragida?
Delegada Alessandra Maria: Sim, ela ainda está foragida, caso ela não se apresente para responder o processo, a Polícia Civil irá imediatamente, logo em seguidas as primeiras oitivas, pedir a prisão preventiva dela.
Badiinho: Hoje venceria o prezo do flagrante?
Delegada Alessandra Maria: Seria 24 horas, esse período de ser pego ou não em flagrante. Se ela se apresentar ela não será presa em flagrante porque já passou o tempo de efetuar essa prisão em flagrante.
Badiinho: Com relação a arma do crime, a senhora sabe dizer qual arma que foi?
Delegada Alessandra Maria: Tudo indica que foi uma arma de calibre 38, essa arma ainda encontra-se desaparecida, provavelmente está em poder da possível autora, e a gente espera que essa arma apareça, vamos atrás dela, sendo mais uma prova a ser colhida, aja vista que já temos muitas provas, devido as circunstâncias das provas testemunhais, mais a arma do crime também é uma prova necessária para podermos juntarmos os autos.
Badiinho: Quais são os próximos passos da investigação?
Delegada Alessandra Maria: Bom, já foram feitas as perícias no local, estamos aguardando os laudos periciais de local de crime, resultado de laudo cadavérico, para que possamos ver as lesões que a vítima sofreu, ver se aviam outras lesões para descartamos ou não a possibilidade de uma briga, então vamos aguardar os laudos, vamos ouvir as testemunhas, ouvir a possível autora, se ver se ela se apresentará espontaneamente ou se ela vai ser presa, vamos ver o desenrolar da situação. Essas são as diligências preliminares, durantes as oitivas das testemunhas poderemos fazer outras diligências, mas as do momentos serão essas.
Escrito por: Badiinho Filho – Entrevista gravada na sede da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher da cidade de Catalão (DEAM), na manhã do dia 02/04/2018
Fotos: Reprodução/TV Anhanguera