Escrito por: Badiinho Filho
Fotos: Badiinho
O caminhoneiro José Uesley Monteiro, 31 anos de idade, natural de Uberaba Minas Gerais, foi encontrado morto com um corte na cabeça dentro do caminhão que trabalhava, na Rua L1, nas margens da BR 050, ao lado do Posto Comboio.
Segundo funcionários que trabalham na mesma transportadora em que José Uesley Monteiro trabalhava, ele teria carregado ontem à noite em uma mineradora aqui da cidade de Catalão, parando no escritório da transportadora para regulamentação na Nota Fiscal, para que ele pudesse seguir viagem. Porém, por volta das 13h de hoje, quarta-feira (15), funcionários da transportadora notaram que o caminhão ainda estava parado em frente ao escritório, antes disso, mais cedo, um outro rapaz achou a situação normal, pois pensava que ele (vítima) estaria em seu momento de descanso, mas nada disso, o que realmente tinha acontecido era o pior, o caminhoneiro tinha sido assassinado e, pelas marcas deixadas, de uma forma bem violenta.
José Uesley, 31 anos, tinha porte físico avantajado, pelas marcas, provavelmente entrou em luta corporal com o autor, ou os autores, mas um golpe na cabeça provavelmente recebido de um pedaço de madeira ou até mesmo de um pedra que foi encontrada próximo ao caminhão pelos peritos, provocou um enorme corte, ao que tudo indica, a vítima entrou no caminhão e sangrou até a morte.
O responsável pela transportadora em que a vítima trabalhava, relatou ao Blog do Badiinho, que há uns quatro meses atrás José Uesley tinha sido assaltado em Bom Jesus de Goiás, ficando refém dos bandidos que além o amarrar, arrancaram as rodas do caminhão que estava trabalhando.
Os militares do Corpo de Bombeiros estiveram no local e constataram a morte do motorista de 31 anos de idade, eles acionaram a Polícia Técnico Científica e o Instituto Médico Legal (IML), para que tudo fosse periciado e o corpo removido. O local foi resguardado por policiais do 18º Batalhão de Polícia Militar.
Local é conhecido por constantes casos de roubos e violências
Enquanto aguardávamos e acompanhávamos o caso de perto, vários funcionários das transportadoras ali instaladas e os motoristas de caminhões que são obrigados a estarem presentes naquele local, se dirigiam até a nós, para se queixarem e relatarem o medo que sentem de terem que passar na L1, principalmente à noite. Eles contaram a nossa redação, as constantes ocorrências de roubos, casos de violência, incluindo a agressão de um motorista idoso, que foi espancado a pauladas ficando bastante ferido.
Várias pessoas relataram e confirmaram o caso de um caminhoneiro que estava acompanhado de sua mulher, enquanto o seus esposo foi ao escritório, ela foi surpreendida por um meliante que tentou agredi-la, mas ela estava de posse de uma faca e eles foram em vias de fato e felizmente o pior não aconteceu, como ocorreu na noite de ontem, que tristemente tirou a vida de um pai de família, pois José Uesly deixa um filho de pouco mais de um ano. Inúmeros relatos, como mostrado por um supervisor de transportes de uma das transportadoras há 04 anos, caminhando conosco, vários estilhaços de vidros de portas de caminhões que foram quebrados por assaltantes, para roubarem os pertences dos caminhoneiros, foram mostrados pelo supervisor.
Outro relato de um funcionário de uma outra transportadora, o qual mostrou que as janelas dos escritórios, janelas até dos banheiros e os vãos de ar condicionados, os quais ficavam na lateral da Rua L1, foram tapados para evitar e dificultar os roubos. Ele relata que foi roubado recentemente, sendo lhe subtraído vários pertences, que vão de talões de cheques a notebooks.
Nossa redação entrou em contato com a Polícia Militar.
Essa faixa de domínio é da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Apesar disso, a PM se disponibiliza, através de seus canais de comunicação diversos, a qualquer atendimento solicitado e sugere ao proprietário a presença de segurança privado, visto a quantidade de pessoas e veículos que transitam no local. Isso auxiliaria muito na segurança dos seus clientes, disse o Tenente Leandro Borges do 18° Batalhão de Polícia Militar.
Nossa redação também entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), porém, até o fechamento da matéria não haviam retornado nossas mensagens.
